Projeto Âncora

Há alguns anos, assisti o documentário Destino Educação: Escolas Inovadoras - Projeto Âncora e fiquei encantada! O modo como as crianças falavam bem e se apresentavam com desenvoltura me impressionou demais. Senti como se tivesse ido pra escola errada, já que sempre fui tímida e com muita dificuldade para expor minhas ideias. A escola é inovadora porque seguem um projeto de aprendizado para cada aluno, traçando um objetivo do que eles precisam aprender depois de um dado período. Pra isso a organização é bem importante, cada aluno tem um agenda diária do que devem fazer em cada aula. O conteúdo é passado de formato de pesquisa, dando a oportunidade de cada aluno aprender a estudar. As crianças são estimuladas de aprenderem qualquer coisa, então os temas de estudo são definidos com base nos gosto do aluno ou mesmo nos seus sonhos (uau!). Por não haver séries como nas outras escolas, os alunos estão sempre em grupo, respeitando a vez do outro falar e unindo-se para transformar algo. Achei genial!

Jantando com Schmucks

Numa quinta de bobeira, decidimos ver esse filme no Prime, provavelmente por causa do Steve Carell. Conta a história de uma amizade improvável, envolvida em funcionários snobs, romances malucos e desafios sem-noção. Eu diria que é razoável e provavelmente eu não recomendaria. Chega um ponto que o protagonista é muito irritante. Apesar disso, tem um diálogo muito especial em que o amigo chato fala que realmente soube o que a esposa pensava dele quando a ouviu falando sobre ele nas suas costas. Isso me deixou pensando sobre como não somos verdadeiros com as pessoas ao nosso redor, sendo covardes o suficiente para criticarmos quando não tem ninguém olhando. E, não posso negar, que o outro highlight são os cenários muito fofos feitos de ratinhos, que me lembraram muito do Fantástico Sr. Raposo!

Fotos Analógicas: Maria Augusta

Maria Augusta é uma ilustradora de Santa Catarina que usa câmeras analógicas pra tirar fotos dos seus passeios, amigos e outras coisas comuns do seu dia-a-dia. Numa época em que o mais comum é tirar múltiplas fotos iguais para escolher a melhor, fico encantada quando alguém consegue tirar uma única foto que fica linda. Normalmente os fotógrafos sugerem que, antes de tirar uma foto, a gente olhe pra uma cena e imagine como é a imaem que queremos. As câmeras digitais tornam isso muito mais fácil, mas infelizmente tira a parte da imaginação que, na minha opinião, é o que torna uma cena qualquer em uma foto especial. As fotos dessa moça representam exatamente isso pra mim!

flickr.com/MariaAugusta

Triângulo da tristeza

Assistimos Triangle of Sadness (2022) no Prime por sugestão de um amigo que sempre sugere filmes que nos fazem pensar. Vimos o trailer e já gostamos da ideia de ver algum tipo de crítica a indústria da moda. Qual foi a nossa surpresa ao chegar no fim e ficarmos dias conversando sobre as maluquices e perversidades do homem moderno - que talvez nem sejam tão diferentes das tribos mais rudimentares da humanidade. O filme conta a história de alguém que segue em tudo as imposições da moda e da sua classe social, até que isso esmaga o seu lado mais humano. O final é excelente e original, nos deixou teorizando por horas. As ironias, as críticas, o roteiro e o enredo são sensacionais - fora do comum sem dúvidas. Outro highlight é a atuação do protagonista, que já na cena do ensaio de moda - que aparece no trailer - me chocou com sua capacidade de fingir ser alguém totalmente diferente em milésimos de segundos. Certamente recomendo, mas com cuidado, algumas cenas são muito pesadas e um pouco chocantes. O que eu menos gostei foi que esse filme estragou meu fascínio por revistas de viagem! Não tem como ver uma foto de hotel de luxo e não pensar na podridão que esses lugares lindos tentam esconder.

River

Conheci a música River, de Leon Bridges (2015) em um seriado, que felizmente não lembro qual era, porque não era muito bom. O seriado não era cristão, mas essa música fala sobre alguém que tem se distanciado de Deus e agora quer encontrá-lo. Como alguém que quer ser levado por um rio de correntes fortes. Não que o rio vá levá-lo ao destino, mas o próprio rio é o destino. Na época que ouvi essa música, um amigo nosso nos falava constantemente, às vezes com lágrimas nos olhos, que o rio de Deus - mencionado no livro de Ezequiel - estava bem na nossa frente. Era nossa decisão molhar apenas os pés, ou os joelhos, ou entrar em um ponto profundo de entrega total. Em outros trechos da Bíblia Jesus fala que é a fonte de águas vivas, que de um modo milagroso fluirão do nosso interior deserto e sedento. Essas e outras reflexões me fizeram lembrar de músicas que falam do rio de Deus, dessa fonte que achamos nele. E pouco a pouco fui montando essa playlist, que amo. Playlist no Spotify: River

River

  1. River - Leon Bridges
  2. Encontro das Águas - Diante do Trono
  3. Queor as Águas - Thalles Roberto
  4. Water - Kanye West
  5. Ha um rio - Fernanda Brum
  6. Mulher de Samaria - Fernanda Brum
  7. Fonte de água viva - Bola de Neve
  8. Oceans - Seafret
  9. Waterfall - Jonathan Ogden
  10. Holy Waters - Tow'rs
  11. Just like waters - Ms. Lauryn Hill
  12. O cheiro das águas - Diante do Trono
  13. Águas purificadoras - Diante do Trono
  14. Ulysses - Josh Garrels
  15. Sobre as águas - Nívea Soares
  16. Holy Water - We the kingdom
  17. The River - Chris Tomlin
  18. Overflow - Chris Tomlin
  19. Flood Waters - Josh Garrels
  20. Something in the water - Broke Fraser
  21. Tua palavra - Aline Barros
  22. Manacial de águas vivas - Trazendo a Arca
  23. Água da vida - Guilherme Kerr
  24. Drenched in love - The worship initiative
  25. Além do rio - Álvaro Tito 
  26. Águas do trono - Fernanda Brum
  27. A Samaritana - Sérgio Lopes e Fernanda Brum
  28. O rio da vida - Sérgio Lopes
  29. O mar vermelho - Sérgio Lopes
  30. All who are thirsty - Vineyard
  31. Vinde a mim - Nívea Soares
  32. Holy fire - Vineyard
  33. Faz-me chegar - Vencedores por Cristo
  34. Deixa meu rio - Koinonya

Tapeçaria: Berit Engen

Em uma das edições da Rookie, a Tavi Gevinson falou da tapeçaria que a mãe dela faz, inspirada pela Torah. Ela é uma judia, que foi da Suécia pros Estados Unidos, e por meio da tapeçaria ela expressa essa parte importante da sua história. De primeira não entendi muito bem, porque são imagens abstratas, mas conforme fui lendo as descrições, fui entendendo um pouco mais o que cada tapete representava. A série sobre a história de José foi a que mais gostei, provavelmente porque foi a que eu entendi melhor. Essa história foi contada com palavras, sem muitos detalhes, porque o "público-alvo" já conhecia bem os costumes e dinâmica ao redor dos acontecimentos. Mas pra mim, sempre foi um pouco difícil imaginar os eventos sem recorrer a algum desenho ou filme sobre a história. Vendo os tapetes dela eu também não tenho muitos detalhes, mas de alguma forma ela transmite o sentimento.

BeritEngen.com

Os rejeitados

Encontramos The Holdovers (2023) na página inicial do Prime, a ideia de um filme moderno ter a estética exata de filme dos anos 70 nos conquistou. As cores, os cenários, as roupas e os diálogos são excelentes e muito bem feitos. Mas não é só isso que o torna um favorito, a história em si é ótima. É um filme muito bonito sobre entender melhor alguém que já julgamos conhecer completamente. Mesmo nós, espectadores, achamos saber tudo de cada personagem nas primeiras cenas. Mas com o desenrolar da história, a intimidade e a história de cada uma vai se abrindo. Me lembrou muito Ensina-me a Viver, outro filme sensacional dos anos 70, porque mistura diálogos engraçados com temas sérios e dolorosos. É um filme excelente e certamente recomendo. Não consigo pensar em algo que não gostei. Fiquei super feliz de saber que a atriz que interpretou a colega dos protagonistas ganhou um Oscar. Sem dúvidas é a personagem mais admirável do filme e que, seja com piadas ou em silêncio, nos toca profundamente.

De Vento em Popa

Conheci De Vento em Popa, de Vencedores por Cristo (1977) por sugestão do Spotify (às vezes o algoritmo acerta muito!). Eu era recém-casada, estava arrumando a casa nova com toda a empolgação enquanto uma playlist aleatória tocava. Quando ouvi "Sinceramente" pela primeira vez fiquei encantadíssima. Dias depois mostrei pro Arthur, que virou fã imediatamente. Amei a letra, os instrumentos, o ritmo, a capa do álbum... Meu deslumbre por Cristo tinha agora uma trilha sonora. Aos poucos o Arthur foi me mostrando suas favoritas e eu me encantei cada vez mais. Salmo 139, A Roseira, Mais Perto e A Preço de Sangue foram algumas que ele me mostrou e eu amei! As letras me tocam profundamente, colocando em poesia o sentimento de desejar o Senhor ardentemente, ou mesmo o sentimento angustiante de perceber que estamos longe do amado das nossas almas. O ritmo tranquilo é fundo de um sentimento ardente e intenso.

Fotos Analógicas: Beijing Silvermine

Thomas Sauvin é um francês que se aventurou em um centro de reciclagem de prata para resgatar alguns negativos de câmeras analógicas que seriam destruídos. Fazendo isso por mais de 15 anos, ele montou um acervo enorme e intrigante de fotos de desconhecidos chineses nos anos 80. Infelizmente não faço a menor ideia de como achei isso, mas tenho a impressão que foi em um documentário da NHK.

A estética dos anos 80, as poses e roupas malucas, me chamaram a atenção de cara. Vai ver os chineses não são tão diferentes da gente assim, porque já vi fotos muito parecidas em alguns álbuns da minha família. O especial dessas fotos é a despretensão de fazer uma foto super incrível e bonita, que servem simplesmente pra registrar um momento legal da vida dessas pessoas. Parece que o artista já expôs em alguns países e eu adoraria ir numa exposição assim, certamente ficaria admirando cada foto por um bom tempo. Essas fotos perdidas são como cápsulas do tempo de um momento no espaço e na história que só existiu uma vez. E não é como se fossem super bonitos ou geniais, mas são humanos.

Ficção Americana

Encontramos American Fiction (2023) na página inicial do Prime e, de algum modo, a capa pareceu um pouco confusa e eu achei que o protagonista era o cara doidão de Se Beber, Não Case. Como foi bom assistir e me surpreender completamente! A história e os personagens não são nada do que eu estava esperando, ou nada do que eu esperaria se eu soubesse o tema da história. Além de ser bonito e bem produzido, os personagens são profundos, falam e fazem aquilo que a gente não espera. Assim como a história em si, que toma rumos super originais. Fazia tempo que eu tinha a sensação que todos os novos filmes eram meio iguais aos outros (quando não eram remakes), e essa história nos prendeu a atenção e nos encantou o tempo inteiro. Confesso que quando descobri que ele tinha concorrido e ganhado o Oscar, soltei um "aaah! Faz todo sentido!", porque apesar de simples, é muito bem feito. Dois highlights que tenho que comentar: 1, as cenas na praia e as casa de praia são lindíssimas. 2, Ver o Jeffrey Wright e a Tracee Ellis Ross atuando é sempre sensacional. Ainda mais juntos!

Trilhas favoritas: Bridget Jones

Antes de qualquer coisa, preciso dizer que não recomendo esse filme. Mas como desde muito pequena eu assistia esse dvd com minha tia, essas músicas acabaram ficando na minha mente e hoje são favoritas. Tanto no primeiro quanto no segundo filme, a trilha sonora mistura músicas da época com clássicos de R&B - que é o estilo perfeito para amplificar qualquer emoção em filmes. Nessa lista coloquei minhas favoritas. Playlist no Spotify: You make loving fun

R&B

  • Can't take my eyes off you - Andy Williams
  • Respect - Aretha Franklin
  • Stop, Look, Listen (To Your Heart) - Marvin Gaye and Diana Ross
  • Me and Mrs. Jones - The Dramatics
  • Fly Me to the Moon - Julie London
  • I'm Every Woman - Chaka Khan
  • Someone Like You - Van Morrison
  • Ain't No Mountain High Enough - Diana Ross
  • Have you met Miss Jones - Robbie Williams
  • Lovin' You - Minnie Riperton
  • Pick up the pieces - Average White Band
  • What the World Needs Now Is Love - The Staple Singers
  • Sorry Seems to Be the Hardest Word - Mary J. Blige
  • Will You still Love Me Tomorrow - Amy Winehouse
  • I'm Not in Love - 10cc
  • Think - Aretha Franklin
  • Everlasting Love - The love affair 
  • You're the First, the Last, My Everything - Barry white
  • Let's Get It On - Marvin Gaye 
  • Your Love is King - Will Young
  • Everlasting Love - Jamie Cullum

Contemporâneo

  • Don't Get Me Wrong - The Pretenders
  • Love - Rosey
  • Super Duper Love - Joss Stone
  • Stop - Jamelia
  • Calling - Leona Naess
  • I eat dinner - Rufus Wainwright & Dido
  • Loaded - Primal Scream
  • I Believe in a Thing Called Love - The Darkness
  • Dreamsome - Shelby Lynne
  • Pretender got my heart - Alisha's Attic

Outros

  • Magic Moments - Perry Como
  • Up, Up and Away - The 5th Dimension
  • Every Bossa - Dick Walter
  • Christmas Green - Alan Moorhouse