Regresso ao amor
Sra. Henderson Apresenta
Domingo passado assisti Mrs Henderson Presents (2005), escolhi por causa da Judi Dench. Foi legal assistir sem ler a sinopse e ser surpreendida com o desenrolar da história. Fiquei empolgada por saber que era baseado em uma história real. Justamente por isso, me parecia tão impressionante algumas escolhas da Senhora Henderson, não dava pra acreditar que uma viúva da sociedade britânica compraria uma teatro ao invés de joias e que usaria uma das estratégias de marketing mais chocantes de todas. Apesar de suas decisões serem moralmente questionáveis, gostei de ver uma mulher forte, decidida, que não se amedronta com facilidade. Ao mesmo tempo, romântica e sonhadora. Quando a amiga sugere que ela escolha um hobbie como bordar ou participar de caridades pra passar o tempo, ela reage com o tédio de um mulher a frente do seu tempo. Talvez viver na Índia, em contato com uma realidade que não passa nem perto dos contos de fada, a tornou assim? A ideia do filme gira um pouco em torno disso, do por quê ela diferente das demais senhoras. Embora eu ache que na realidade, a morte do filho não teve nada a ver com o estilo do seu teatro, parece ter sido algo inventado pelo roteirista pra gente compreender suas escolhas. E que escolhas! O melhor do filme não é a Senhora Henderson, mas as peças teatrais. Que cenas lindas! Não gosto muito dos musicais mais modernos, mas depois de ver esse filme eu adoraria assistir um musical dos anos 30. A música, as cores, a dança... Realmente um espetáculo. Quando começa a guerra e o próprio teatro é bombardeado, fiquei um pouco chocada de imaginar quão cruel e dura era essa realidade. E como a arte trazia um brilho de alegria naqueles momentos de tanta tensão. Não é um filme favorito, mas gostei demais!
Minha querida dama
"You look in the mirror, and you see an adult. But you have to look more carefully. There's a big piece of you that never grew up. It may have grown tall, but not up."
Pra mim, a mensagem que ficou é que a vida vai ferir a todos e que a "cura" não está dentro de nós, mas dentro de alguém, com quem a gente vai viver esse amor intenso que há guardado em nós. Amei! Acho até que gostaria de ler o livro, deve ser muito bom!
O jardim secreto
A história e o desfecho sempre me tocam muito, porque eu me derreto com dramas familiares que acabam em reconciliação. Acho isso muito bonito, não só em filmes, mas principalmente na realidade. Dessa vez, tentei prestar atenção em outras partes da história, como o menino rico. Quando ele fala que quer ir no jardim no dia seguinte, e depois e depois... Me identifiquei tanto! Conheço a sensação de desejar ficar alegre pra sempre. Também é encantadora a cena em que ele diz que entende como um menino pode ter o universo na garganta, por mais impossível que pareça. Com certeza o diálogo que mais gostei foi quando ele diz que queria casar com a prima, porque queria ficar com ela pra sempre.
"It's like the story, the whole universe is in here. I'm certain it is.
I could marry you. [...] I want us always to be together."
Ah!!!! Que lindo!
Minimalismo... Eeeeww
O minimalismo é uma das piores invenções da década passada, pelo menos pra mim. Minha vontade é dizer que odeio, abomino, odilho o minimalismo e seus gurus com todas as forças, mas tô evitando dizer palavras como essas. Então vou dizer que estou muito brava, comigo inclusive.
Eu sei que tem gente que fica guardando lixo em casa, que quando a gente vive pra comprar é possível que nossa casa fique muito bagunçada. Mas será que não dá pra ensinar a dar uma arrumadinha? Precisa convencer as pessoas a jogar tudo fora? Aaaargh
Vamos ao fatos. Desde que li o livro da Marie Kondo e assisti aquele famoso documentário na Netflix eu fiquei doida. Passava o dia procurando coisas pra dizer muito obrigada e jogar no lixo, talvez na esperança de que eu iria achar a paz interior ou a alegria ou uma casa que nem na revista. O que achei no fim das contas foi uma constante sensação de "valha... O que aconteceu com aquele livro que eu gostava tanto na adolescência? Ah... Eu dei porque não tinha nada a ver comigo".
Que pesadelo!
Pode ser que eu vire uma acumuladora agora? Pode ser. Whatever. Não quero mais que me digam "nossa, você é bem organizada". Espero que falem nas minhas costas "vixe como a Brunna é bagunceira".
Sim, meu filho! Eu tenho história!
Segredos divinos
O violinista que veio do mar
Quanta delicadeza! Os personagens cativam não pelo que são ou fazem, mas pelo que sentem. É tão lindo! O drama se passa na maior parte pelos olhares. A praia, o jardim, a casa, são os outros personagens que assistem tudo.
Planners e diários
Hoje eu percebi a satisfação que é anotar o que eu li ontem no meu diário. Ao contrário da desmotivação que sinto quando anoto tudo o que quero ler amanhã, ou durante o mês etc. Jesus fala que devemos nos preocupar com o dia de hoje e isso é tudo o que a gente consegue. Hoje entendi isso um pouco mais. Quantas vezes me inscrevi em "planos de leitura", comprometendo o meu eu do futuro a ler, sendo que não faz sentido nenhum querer tocar o amanhã enquanto ele não chegar. Tantos planos e projetos são anotados no meu planner e eu sempre esqueço que o "eu" do futuro pode não dar a mínima pra essas ideias. O que fica, às vezes, são listas de afazeres não concluídas, me enchendo de culpa e desapontamento comigo mesma.
O diário, por outro lado, é o máximo! Lá está escrito o que li essa semana, os projetos que realizei, as coisas que fiz e vivi. O dia do meu casamento, o dia que minha filha nasceu, as noites em claro... E revivo um pouco das sensações encapsuladas naquele dia. Até o relato de projetos falhados trazem uma sensação boa quando leio, porque (como Thomas Edison) eu tentei. Ao invés de planejar, organize. E como diria a Lana, continue escrevendo pra achar a solução.
Presentes
Chegou a época de comprar enlouquecidamente. Chegou a época de procurar enlouquecidamente ideias do que comprar para presentear. Antes de casar e mudar de país, minha família facilitava o processo de dar presentes com o amigo secreto. Aqui, eu não tenho como dar presente a todas as pessoas especiais pra mim, pois são muitas. Quando tinha 16 anos, tive a ideia de fazer meus próprios chocolatinhos natalinos e dar um pacotinho pra cada amigo ou familiar. Eu tinha achado a ideia genial, até descobrir que presentes feito à mão também são caros. No fim, não dei nada pra ninguém.
Percebi que presentes, aqueles que deixam qualquer pessoa alegre, ao que me parece, são caros: flores, joias, chocolates, bebidas, uma tábua de frios bem sofisticada.
Se eu for próxima da pessoa, pode ser que eu tenha mais detalhes do que ela gosta de verdade e consiga dar algo menos genérico. Perfumes podem ser um péssimo presente, mas se você sabe do que a pessoa realmente gosta, é algo maravilhoso de se ganhar! Um quadro bem bonito com uma foto especial da pessoa é outro presente lindo! Vi essa ideia no filme The Family Stone (2005) e até hoje estou sonhando em ter minha foto grávida num quadro belíssimo. Pra quem gosta de cozinhar, um ingrediente muito fino que vem em vidros minúsculos é tudo de bom, ela vai apreciar cada pedaço.
Agora, presentes ruins são: livros, roupas, quebra-cabeça, cadernos ou canetas, objetos de decoração, qualquer item engraçadinho e de material barato tipo plástico que é totalmente dispensável. Tem também os presentes que eu provavelmente não pensaria em dar, mas já vi que algumas pessoas amaram: jogos, pijamas, cobertores, um sweater (claramente essa lista é pra quem mora no frio...).
Presentes bons são inúteis, mas são lindos. São coisas que ocupam pouco ou nenhum espaço na vida da pessoa, caso ela não goste. São coisas que todo mundo aprecia, mas que por ser caro a gente raramente gasta com a gente. São coisas que têm um tom de preciosidade, que é raro, único ou buscado de muito longe. É um jeito simbólico de dizer "você merece o que há de mais precioso e estimado na terra!".
Mise en place
Redes antissociais
“O dono do Instagram deve ter ganhado uma fortuna com o meu trabalho inútil. Essa foi a minha conclusão, que aquilo é uma máquina de fazer dinheiro e que é vendida para nós como o oferecimento de uma plataforma para qualquer pessoa dizer o que pensa gratuitamente. Na verdade, aquilo é igual a televisão, é um lugar para vender publicidade. E aquilo tem uma lógica de funcionamento que é para capturar cada vez mais a atenção das pessoas, como toda droga (eu acho que o Instagram é um vício). Produz uma ilusão de que você tem uma influência na sociedade, coisa que eu discuto muito se de fato tem. Eu, por exemplo, angariei 230 mil seguidores. Acredito que a grande maioria dessas pessoas já eram muito afim com as minhas ideias e eu com as ideias delas. Houve ali um encontro de pessoas muito parecidas, que pensavam muito semelhante. Eu não tenho a sensação de ter tocado o coração de ninguém que já não gostasse ou já pensasse mais ou menos como eu. É por isso que eu chamo de redes antissociais, porque na verdade elas desagregam.”
Amanda
A Amanda é uma colega que conheci pela internet em meados de 2010. Ela tirava umas fotos criativas e muito lindas na época do Orkut e eu fiquei chocada quando soube que ela era de Fortaleza. Anos depois, ela fez o mesmo curso que eu, na mesma faculdade, mas em horários diferentes, então a gente não se via mais. Nesse período, ela postou no seu perfil do Instagram fotos muito legais da faculdade e de outros lugares "sem graça" de Fortaleza. Eu amo a criatividade e o olhar dela! Algumas das fotos parecem ter sido tiradas pela protagonista do Labirinto do Fauno.
Lilian
Outra amiga de Fortaleza que tira fotos muito lindas pro Instagram é a Lilian. Gosto como parte das fotos no seu perfil são na antiga (e saudosíssima) Livraria Cultura. Eu também amava ir lá! Em meados de 2015, era onde a gente ia pra encontrar músicas e livros legais, ou só passar um tempo rodeada de livros! E as fotos da Lilian me trazem de volta esse sentimento tão especial. Entre outras coisas legais de se fazer na minha cidade, como ir ao cinema, observar a copa das árvores e o céu sempre límpido, ir na praia, ou simplesmente comer no shopping. Até a festa de fim de ano na praia ela conseguiu capturar de um jeito bonito que me deixou com saudade!
Brooke Fraser
p.s. acabei de perceber como o design do verso dos cds são lindos! Certamente algo que infelizmente a gente perdeu um pouco com o streaming. Me lembrou a cena de um filme em que a moça fala que ao baixar um cd na internet não dá pra baixar a caixinha, a arte da capa, as letras... Concordo totalmente!
Noelle dança
Noelle Dança
- Way to be loved, Tops
- So good at being in trouble, Unknown Mortal Orchestra
- Colder & Closer, Tops
- Jupiter, The Marias
- I don't know you, The Marias
- Hunnybee, Unknown Mortal Orchestra
- Casio, Jungle (com Little Dragon!)
- Busy Earnin', Jungle
Dando uma olhada no perfil do Spotify dew uma jornbalista paulista chamada Stephanie Noelle, encontrei umas músicas muito legais pra colocar na minha playlist de La La Lady (inclusive quero escrever um pouco sobre essa playlist depois, gosto muito dela!).
Fã de polaroids
Sei o quão o Instagram é nocivo e como a maioria das pessoas tem mais opiniões más do que boas sobre ele, mas eu preciso admitir que eu gosto muito dessa rede social. Apesar de os marketeiros e vendedores terem tomado conta do nosso feed com propagandas sem fim (entre outras coisas chatas de se ver...), eu gosto da ideia de que qualquer pessoa é capaz de capturar algo bonito e ter tudo isso reunido em um só lugar. Realmente o Instagram tornou prática a atividade de ter uma câmera, tirar uma foto, editar, imprimir/revelar e pôr em um álbum. Claro, um álbum de fotos na sua estante é muito mais legal do que um álbum no seu celular, que precisa de internet pra ser apreciado. Mas com o Instagram isso se tornou tão simples que, de repente, várias pessoas começaram a compartilhar pedaços de beleza. Eu não tenho palavras pra explicar como isso é genial! Eu gosto, especialmente, de ver a conta de meninas criativas de Fortaleza, porque me gusta perceber que tem coisas bonitas na minha cidade, que em geral é feia e descuidada. Talvez foram essas meninas e suas fotinhas cheia de filtro vintage que me fizeram gostar tanto da minha cidade natal e, mais ainda, me identificar com ela. A maior de todas e minha favorita é minha prima, que tem um olhar atento pra encontrar coisas bonitas. Sério, andar com ela em uma loja é abrir meu olhar e perceber a quantidade de roupas lindas que se escondem no meio de várias tendências esquisitas. Vou deixar algumas fotos dela de inspiração aqui, espero que com a ajuda do olhar apurado dela eu possa, eventualmente, treinar o meu!
Não apague...
"This writer that I know once told me this great thing. He said every five years he realizes what an asshole he was five years ago. Every five years like clockwork he goes "Man, I was such an asshole five years ago". So if we accept this that means everything we think and feel and say now in five years will just be... embarrassing."
[Happythankyoumoreplease (2010)]
Esse trecho é um dos meus favoritos, eu me identifico completamente e concordo com essa teoria. Há alguns anos, eu olhava pra esse blog com extrema vergonha. Mesmo que ninguém lesse minhas postagens, eu tinha um medo real de que alguém veria quem eu sou por dentro e riria de mim. Ou eu mesma ria de mim. Por isso apaguei a maior parte das minhas postagens, incluindo aí minhas próprias criações. Por que? Por vergonha... que motivo bobo. Pelo menos meus diários resistiram a esse sentimento.
A Fly Lady, uma das maiores motivadoras do destralhe, uma vez recebeu uma pergunta sobre o que fazer com os calendários depois que o ano acaba. Eu realmente imaginei que ela diria pra jogar fora, mas ela respondeu (meio irritada até), que eles não ocupam muito espaço e poderiam ser guardados. De fato, se eu, por 50 anos, tiver um calendário todos os anos, a junção de todos eles não é muito volumosa a ponto de não caber em uma gaveta.
Juntando essas duas reflexões, eu percebo que não deveria ter apagado muita coisas da minha adolescência. Primeiro, se isso me envergonha agora, após alguns anos essas mesmas coisas serão tesouros. Segundo, por mais que não tenha utilidade e pareça um amontoado de rubbish, se eu juntar tudo em um lugar não vai ficar tão bagunçado assim.
Por isso, por favor, não apague...
Minutos de sabedoria
O que tem na minha diaper bag
No bolso de dentro, quatro fraldas, lenços umedecidos e pomada pra assaduras.
Essa bolsinha vem com um trocador junto que a gente usa bastante e nos permite trocar ela em qualquer lugar.
Levamos também uma bolsa com fraldinhas de pano, roupas extras e uma blusa extra pra mim. Essa mesma sacolinha tem um outro bolso em que a gente pode por roupa suja.
Minha carteira, onde levo documentos, chave...
Levo também uma garrafa com água, um cobertor, chupetas e um brinquedinho.
Truques de beleza
Essa semana li um livro de moda muito famoso no Brasil nos anos 90, que dava sugestões de como se arrumar bem e estar sempre bonita. Vez ou outra quando olho no espelho me incomodo com o que vejo e, me comparando com minhas amigas, penso que poderia me arrumar melhor. Acontece que essa tarefa não é tão simples, já que envolve entender meu corpo, buscar referências, entender meu estilo, organizar meu armário, adquirir peças novas... Uma série de coisas que exigem tempo e dinheiro. Eu queria poder melhorar minha aparência agora, sem ter que ficar filosofando sobre o que acho bonito, nem ficar calculando o que quero diminuir ou aumentar no meu corpo. Só quero me arrumar, pronto.
Percebi que existem duas coisas essenciais que precisam ser ajustadas antes de eu pensar em como combinar peças de roupa: os cuidados pessoais e da alma.
Os cuidados pessoais são aquelas coisas que se descuidadas, acabam com qualquer roupa bonita. Limpeza, cabelo, pele, unhas, dentes, cheiros... Isso é tão essencial e, infelizmente, tão negligenciado! Britânicos têm fama de ter dentes feios, franceses cheiram mal, outros não lavam o cabelo, alguns andam com roupa suja... Por mais elegante que seja uma roupa, nada esconde esse descuido! Esses cuidados devem vir primeiro.
Depois disso, vem o bem-estar de dentro. Entender que um sorriso é o acessório mais bonito, que o brilho no olhar substitui qualquer jóia, mãos que afagam são mais confortáveis do que tecidos finos, pés que se dispõem a acompanhar são mais preciosos do que qualquer sapato caro, palavras graciosas trazem alegria, e roupa nenhuma pode produzir esse tipo de sentimento.
Secret Style Icon: Anna Wintour e seu armário de cápsulas
Criar é melhor do que consumir
Preparar e saborear uma receita é muito melhor do que ver programas e vídeos de culinária. Dividí-la com pessoas queridas então... Tudo de bom!
Arrumar e decorar a casa, deixando-a cheirosa, confortável e bonita, é muito melhor do que assistir programas de decoração, ver um livro de decoração ou salvar fotos no Pinterest.
Se arrumar pra ir em um lugar legal ou se encontrar com quem a gente gosta é melhor do que ver fotos de looks ou coleções de moda.
Orar, louvar, ter comunhão, é melhor do que ler livros sobre isso.
Sei que tudo isso parece óbvio, mas eu preciso me lembrar que a parte mais legal é ver acontecer.
A caixa com tudo não existe
Por um tempo eu quis postar no meu blog tudo aquilo que eu encontrava e achava bonito. Eu queria ter tudo em um único lugar pra que eu pudesse rever quando quisesse uma inspiração. Fotos minhas, imagens do Pinterest, links de sites legais, listas de coleções de moda, fotos de coisas bonitas, playlists, citações, comentários de filme... Tudo, tudo que coubesse no formato de texto e imagem deveria ficar no blog. Eu costumava dizer que era como meu baú de tesouros.
Não deu certo. Tentei várias vezes fazer isso, mas sempre desistia. Percebi que o blog é um espaço em que você pode publicar textos e imagens, como um caderno, só que digital. Tantas vezes, com a mente borbulhando de pensamentos, recorri ao blog pra desabafar, refletir ou opinar, aproveitando da agilidade e praticidade de digitar no celular. Poucas vezes vim no blog pra rever uma coleção inspiradora ou ver uma casa que achei bonita. Minha insistência de fazer do meu blog uma "one stop shop" acabou com a identidade dele.
Agora, quando assisto um filme legal, escrevo no meu diário o que achei e se for muito bom, recomendo aqui. Quando vejo uma coleção que gosto, escrevo o nome da marca e da coleção numa lista ou salvo no Pinterest se der. Se tem um site legal, salvo nos favoritos. Minhas fotos estão em álbuns do celular. E por aí vai.
A nossa multiplicidade não caberia nunca em um lugar só.
Worst cooks in America
Apresentado pela incrível Anne Burrell, Worst Cooks in America é melhor do que uma espécie de comédia em que vemos as coisas mais esquisitas sendo preparadas, e melhor do que programas em que cozinheiros profissionais tentam impressionar. Pessoas que realmente não sabem o que estão fazendo aprendem a cozinhar em poucos dias e é muito legal ver quando acertam e como evoluem rápido. Também é muito engraçado ver quando eles erram, porque eu pelo menos aprendo com os erros dos outros (ou me lembro de erros que já cometi!). As receitas são ótimas porque são criativas e fáceis de fazer na medida certa, então eu já peguei várias ideias de receitas legais pra fazer. Até agora, quero muito preparar uma salada chamada salsa cruda e um prato com lombo de porco empanado que eu nem sabia que dava pra fazer. De quebra ainda relembrei alguns ensinamentos essenciais da Anne Burrell: prove a comida, faça o mise en place, mantenha sua cozinha limpa e adicione sal(!!). Outras coisas que eu só vi nesse programa foi uma pessoa cozinhando um frango inteiro, um rapaz que cortou um frango com as mãos, uma porção minúscula de batata sendo cozidas em litros de água e outras maluquices que só alguém que realmente não sabe cozinhar poderia fazer.
Projeto Âncora
Jantando com Schmucks
Numa quinta de bobeira, decidimos ver esse filme no Prime, provavelmente por causa do Steve Carell. Conta a história de uma amizade improvável, envolvida em funcionários snobs, romances malucos e desafios sem-noção. Eu diria que é razoável e provavelmente eu não recomendaria. Chega um ponto que o protagonista é muito irritante. Apesar disso, tem um diálogo muito especial em que o amigo chato fala que realmente soube o que a esposa pensava dele quando a ouviu falando sobre ele nas suas costas. Isso me deixou pensando sobre como não somos verdadeiros com as pessoas ao nosso redor, sendo covardes o suficiente para criticarmos quando não tem ninguém olhando. E, não posso negar, que o outro highlight são os cenários muito fofos feitos de ratinhos, que me lembraram muito do Fantástico Sr. Raposo!
Fotos Analógicas: Maria Augusta
Triângulo da tristeza
River
Conheci a música River, de Leon Bridges (2015) em um seriado, que felizmente não lembro qual era, porque não era muito bom. O seriado não era cristão, mas essa música fala sobre alguém que tem se distanciado de Deus e agora quer encontrá-lo. Como alguém que quer ser levado por um rio de correntes fortes. Não que o rio vá levá-lo ao destino, mas o próprio rio é o destino. Na época que ouvi essa música, um amigo nosso nos falava constantemente, às vezes com lágrimas nos olhos, que o rio de Deus - mencionado no livro de Ezequiel - estava bem na nossa frente. Era nossa decisão molhar apenas os pés, ou os joelhos, ou entrar em um ponto profundo de entrega total. Em outros trechos da Bíblia Jesus fala que é a fonte de águas vivas, que de um modo milagroso fluirão do nosso interior deserto e sedento. Essas e outras reflexões me fizeram lembrar de músicas que falam do rio de Deus, dessa fonte que achamos nele. E pouco a pouco fui montando essa playlist, que amo. Playlist no Spotify: River.
River
- River - Leon Bridges
- Encontro das Águas - Diante do Trono
- Queor as Águas - Thalles Roberto
- Water - Kanye West
- Ha um rio - Fernanda Brum
- Mulher de Samaria - Fernanda Brum
- Fonte de água viva - Bola de Neve
- Oceans - Seafret
- Waterfall - Jonathan Ogden
- Holy Waters - Tow'rs
- Just like waters - Ms. Lauryn Hill
- O cheiro das águas - Diante do Trono
- Águas purificadoras - Diante do Trono
- Ulysses - Josh Garrels
- Sobre as águas - Nívea Soares
- Holy Water - We the kingdom
- The River - Chris Tomlin
- Overflow - Chris Tomlin
- Flood Waters - Josh Garrels
- Something in the water - Broke Fraser
- Tua palavra - Aline Barros
- Manacial de águas vivas - Trazendo a Arca
- Água da vida - Guilherme Kerr
- Drenched in love - The worship initiative
- Além do rio - Álvaro Tito
- Águas do trono - Fernanda Brum
- A Samaritana - Sérgio Lopes e Fernanda Brum
- O rio da vida - Sérgio Lopes
- O mar vermelho - Sérgio Lopes
- All who are thirsty - Vineyard
- Vinde a mim - Nívea Soares
- Holy fire - Vineyard
- Faz-me chegar - Vencedores por Cristo
- Deixa meu rio - Koinonya
Cinema
"In a way, Cinema was the church of the 20th century. Because everyone would come up to this room and sit, and look up at this thing which would tell you an enormous ammount of how to dress, how to act, how to behave with women, how to be a hero..."
"The screen at 40 feet has something beyond ordinary, almost mystic"
"Everybody and his little brother has a piece of paper and a pencil. But how many great stories has been written on this piece of paper? Same happen with cinema". - Davi Lynch
🎬 Side by Side, 2012
Tapeçaria: Berit Engen
Os rejeitados
De Vento em Popa
Fotos Analógicas: Beijing Silvermine
A estética dos anos 80, as poses e roupas malucas, me chamaram a atenção de cara. Vai ver os chineses não são tão diferentes da gente assim, porque já vi fotos muito parecidas em alguns álbuns da minha família. O especial dessas fotos é a despretensão de fazer uma foto super incrível e bonita, que servem simplesmente pra registrar um momento legal da vida dessas pessoas. Parece que o artista já expôs em alguns países e eu adoraria ir numa exposição assim, certamente ficaria admirando cada foto por um bom tempo. Essas fotos perdidas são como cápsulas do tempo de um momento no espaço e na história que só existiu uma vez. E não é como se fossem super bonitos ou geniais, mas são humanos.
Ficção Americana
Trilhas favoritas: Bridget Jones
Antes de qualquer coisa, preciso dizer que não recomendo esse filme. Mas como desde muito pequena eu assistia esse dvd com minha tia, essas músicas acabaram ficando na minha mente e hoje são favoritas. Tanto no primeiro quanto no segundo filme, a trilha sonora mistura músicas da época com clássicos de R&B - que é o estilo perfeito para amplificar qualquer emoção em filmes. Nessa lista coloquei minhas favoritas. Playlist no Spotify: You make loving fun.
R&B
- Can't take my eyes off you - Andy Williams
- Respect - Aretha Franklin
- Stop, Look, Listen (To Your Heart) - Marvin Gaye and Diana Ross
- Me and Mrs. Jones - The Dramatics
- Fly Me to the Moon - Julie London
- I'm Every Woman - Chaka Khan
- Someone Like You - Van Morrison
- Ain't No Mountain High Enough - Diana Ross
- Have you met Miss Jones - Robbie Williams
- Lovin' You - Minnie Riperton
- Pick up the pieces - Average White Band
- What the World Needs Now Is Love - The Staple Singers
- Sorry Seems to Be the Hardest Word - Mary J. Blige
- Will You still Love Me Tomorrow - Amy Winehouse
- I'm Not in Love - 10cc
- Think - Aretha Franklin
- Everlasting Love - The love affair
- You're the First, the Last, My Everything - Barry white
- Let's Get It On - Marvin Gaye
- Your Love is King - Will Young
- Everlasting Love - Jamie Cullum
Contemporâneo
- Don't Get Me Wrong - The Pretenders
- Love - Rosey
- Super Duper Love - Joss Stone
- Stop - Jamelia
- Calling - Leona Naess
- I eat dinner - Rufus Wainwright & Dido
- Loaded - Primal Scream
- I Believe in a Thing Called Love - The Darkness
- Dreamsome - Shelby Lynne
- Pretender got my heart - Alisha's Attic
Outros
- Magic Moments - Perry Como
- Up, Up and Away - The 5th Dimension
- Every Bossa - Dick Walter
- Christmas Green - Alan Moorhouse
Eloise no Plaza
Elosie at the Plaza é um filme que repetia vez ou outra na Sessão da Tarde e que sem dúvidas foi muito eficaz em me fazer sonhar em ir pra Nova York por muitos anos. Eu não lembrava muito da história até revê-lo há umas semanas atrás (achei de graça num serviço de streaming gratuito!) enquanto estava doente e meio pra baixo. E como fiquei animada depois de assistir...
Eloise é uma menininha de sete anos, filha de uma mulher rica que viaja muito, e que por isso mora no Plaza com sua babá, interpretada pela Julie Andrews. Por ser super rica, ela tem aulas particulares, come no hotel - e isso inclui refeições muito caras, como chicken Kiev - e tem um dos maiores quartos do hotel. Ah! E o quarto dela é lindíssimo! Amo filmes em que os cenários nos fazem imaginar ainda mais sobre os personagens.
Apesar de ter tudo isso, o que a Eloise mais gosta são as pessoas e das interações que ela tem com quem trabalha no hotel ou com quem é recém chegado. Nesse filme ela
(aliás, fiquei apaixonada pela doçura da Julie Andrews como uma babá simples e amável, diferente da Mary Poppins com quem eu estava acostumada, mas igualmente firme com tradições, como uma boa inglesa.