Segredos divinos

Fiz uma lista de filmes com a atriz Maggie Smith e Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood (2002) foi o primeiro que assisti e amei! É uma história sobre amizade, erros, medos, reconciliação, compreensão, perdão e amor. É o tipo de filme que eu amo, sobre dramas da vida real, que é ficção mas nem parece e ainda super engraçado com personagens muito marcantes. Poderia ser a história de alguém que conheço, ou até um pouco a minha. E foi isso que mais gostei, poder ver nos personagens um pouco dos meus dilemas a uma certa distância e compreendê-los melhor. Os diálogos que mais gostei foram entre a protagonista e seus pais, quando ela começa a perceber que na vida todos se ferem e que com ela não seria diferente. Que como todos, ela vai ter que seguir com as memórias, boas ou más. Num dos diálogos o pai fala que "o orgulho cobre uma multidão de pecados", e pra que houvesse reconciliação, bastou que o orgulho fosse deixado de lado. Confesso que esperava uma cena de reconciliação poderosa e transformadora, como a de Esaú e Jacó, mas os personagens nesse filme não são tão divinos assim. O que mais me marcou, no geral, foi a relação entre mãe e filha. Entre muitas pesquisas sobre sono, alimentação, desenvolvimento e outras coisas que envolvem a vida de um bebê, acabo esquecendo que a relação de mãe e filha é muito mais de amor amor e amor. Percebi como são bobas essas preocupações terrenas, quando há algo eterno que precisa ser entregue aos nossos filhos, e aos nossos pais também. O amor nunca vai ser exagerado, carinho nunca vai ser demais. A cena em que ela relembra momentos felizes com a mãe, me fez perceber que de fato, o amor cobre uma multidão de pecados.