22.8.25

Anne of Green Gables

Esse post bonitinho com foto e tudo é só pra dizer que eu desisti dessa leitura. Não desisti porque é um um livro ruim, mas porque é um livro infantil (obviamente) e eu me identifico mais com as cuidadoras da Anne do que com o jeito imaginativo dela. Uma lástima, admito. Vou deixar na nossa estante caso a Mimi queira ler um dia. Tenho certeza que ela adoraria ler sobre uma menininha que gosta de ouvir as árvores conversarem enquanto dormem.



Comprei esse livro no brechó e amei a diagramação, a fonte dos títulos, o tipo de papel, o leve desgaste de um livro de mais de 20 anos e outras coisas que só achamos em livros antigos. Eu sou do tipo que insiste em ler um livro que não gosta até o final, só pra poder marcar em algum aplicativo que concluí a leitura, mas finalmente acho que fiquei velha demais pra isso.

é o fim para mim

A Miriam descobriu o Rummikub e aprendeu a espalhar todas as quase 100 pecinhas pela casa.

E digo mais, ela aprendeu a subir na cadeira de amamentação para alcançar a caixinha de música.

Ó céus.

21.8.25

rolê gourmet

Recebi um convite inusitado para almoçar com as amigas num restaurante chic. Cheguei atrasada e pedi macarrão, porque achei que era mais rápido. Não só o meu prato veio primeiro, como eu fui a única a não pedir salada. Aposto que o cheirinho de parmesão as deixou inebriadas. 

Sim, sim... Eu também estou numa dieta pra reverter o peso que ganhei na gravidez. Mas não é todo dia que posso comer um Truffle Tortellini, não trocaria isso por um salada. 

Comi glutamato monossódico equivalente de um mês inteiro. 

16.8.25

Produtiva


Essa não é uma lista minha, é da Melina, de quando ela tinha 24 aninhos e provavelmente já tinha se formado na faculdade. A falta de coisas ultra produtivas e a simplicidade dos hábitos saudáveis me fez lembrar da simplicidade com que a gente vê a vida nessa idade. Ontem mesmo tava conversando com o Arthur que me incomoda muito pessoas que têm uma visão de produtividade exagerada, em que cada segundo do dia precisa ser planejado e vivido com intensidade para um bem maior. Talvez a vontade de não perder tempo com bobagens leva a gente a esse outro extremo. Sabe quando você se cansa de ver porcaria no Youtube e decide que a partir de agora só vai ver vídeos que ensinem algo relevante? Que não vai perder tempo com qualquer livro que não traga um ensino transformador. Quanta chatice, não sobra tempo pro quentinho no coração.

Tem horas que precisamos ter conversas sérias e decisivas, e tem horas que só vamos bater-papo. Se a Melina quer ler pelo menos um livro por mês, algum vai ser um romance leve e outro pode ser um clássico denso. Se ela quer cuidar da saúde, é bem mais fácil manter uma rotina simples de exercícios e alimentação balanceada, do que acordar todo dia às 5 pra correr e manter um dieta paleolítica toda maluca.

Deixa o exagero pros abraços, pras conversas leves, pro carinho, pros sorrisos, pra atenção, pra admirar quem amamos, pra ouvir um amigo, pra estar com a família, pra curtir um momento de bobeira com alguém, pra contemplação. Deixa o verão pra mais tarde. 

15.8.25

Será que...

às vezes é preciso minimizar pra maximizar?

Queria mudar algumas coisas na minha cozinha, retirar alguns utensílios antigos. Mas não pra ter uma cozinha minimalista e sem bagunça. Pelo contrário! Queria enxer minhas prateleiras de bagunças fofas.

Essa não é a minha cozinha, mas eu acharia o máximo se fosse.

12.8.25

E assim vou virando uma mamãe

Fui ontem no brechó (depois de meses!) porque queria comprar roupas. Como não podia passar muito tempo procurando, tive que contar com a habilidade de detectar coisas legais de longe e encontrei esse livro "clássico" sobre crianças que sempre quis ter. Fiquei super feliz! Uma amiga tinha me emprestado quando eu tava grávida e eu achei muito legal a ideia de que a gente precisa ensinar as crianças a esperarem. Acho ousado da autora prometer ensinar como fazer isso. Gosto de autores ousados.

Também achei um livrinho da Beatrix Potter que são um sucesso por aqui e eu acho super fofo. Pra completar a compra típica de uma mãe, não levei roupas lindinhas pra usar nos rolês, mas roupas de academia. Sim, a vida sedentária precisa acabar.




6.8.25

30 é a idade do sucesso

Como esperei por esse momento! Finalmente tenho 30! Lembro da minha mãe com 30 anos, eu tinha 7. Ela ia toda chic pro trabalho, e hoje meu estilo parece muito com o dela. Eu finalmente cheguei numa idade em que pessoas com 20 e poucos me acham antiquada e se espantam ao saber quais filmes dos anos 2000 eu assisti no cinema. Eu cheguei na mesma idade marcante de Jesus, quando ele deixou a casa dos pais e saiu a pregar a mensagem mais inusitada e revolucionária da história. Tem muitas coisas grandes que eu gostaria de fazer, mas não foi essa minha crise existencial, como imaginei que seria. Não me perguntei "o que tenho feito da minha vida", mas "quem eu me tornei?"

Curiosamente, há algumas semanas minha mãe tem me mandado fotos de quando eu era pequena porque ela acha que sou parecida com a Mimi. Eu olho pra baby Brunna das fotos e penso como ela era excelente, não havia nada de errado com ela. Infelizmente, desde muito pequena e até alguns dias atrás (realmente, só alguns dias), eu acreditava que eu era inadequada e vergonhosa. Sempre encantada com as pessoas ao meu redor, eu passei quase 30 anos incorporando características, hábitos e trejeitos de pessoas que eu admirava (um parente, um vizinho, um amigo, um professor, alguém da internet). Me distanciando o máximo que eu podia de mim mesma, que eu sempre acreditei ser a versão incompleta e defeituosa de mim. Sério, praticamente qualquer pessoa ao meu redor era melhor do que eu. Esse pensamento bobo me trouxe inseguranças enormes.

Agora que tenho uma filhinha e acredito que ela é a versão pequena de uma mulher maravilhosa criada por Deus, olho pra baby Brunna e percebo que aquela menininha era a versão pequena de uma mulher maravilhosa que Deus mesmo criou. Olho pra mim hoje, e me sinto confusa. O quão diferente eu sou da Brunna que eu teria sido, se desde a infância eu tivesse sido um pouquinho menos preocupada com o que pnsariam de mim.

Hoje, conversando com o Arthur, percebi que depois de tanto ouvir as pessoas falarem mal da minha família, eu tentei de todo jeito ser diferente deles. Percebi que o único defeito deles é, na verdade, o pecado. Pecados que eu e todas as pessoas que falam mal deles também carregam. Percebi que excluindo seus pecados, eu amo minha família e sua jeito alegre. Como me senti bobinha por ter desejado ser diferente deles. Em 30 anos de memórias, as que eu mais amo foram vividas ao lado deles. 

A versão da Brunna que eu adoraria ver é aquela em que as características boas que haviam no berço da minha familia (como a alegria, a inteligência, a determinação, a criatividade, a honestidade, a estudiosidade, o gosto pela arte, a ousadia) amadureceram. E que os pecados foram (de glória em glória) trabalhados. Espero que nos próximos anos eu deixe de lado a mania de querer esculpir minha personalidade imitando pessoas que admiro; e que eu permita que aquele que me criou, e escolheu minha família, teça o meu eu do jeito bonito que ele mesmo planejou.