26.12.25

Um novo natal

Na família da minha mãe, celebrávamos o natal com uma ceia simples: arroz, farofa, salada, creme de galinha bem cearense e delícia de abacaxi de sobremesa. A noite terminava com a gente assistindo os especiais de natal na tv e ficávamos acordados até meia-noite, esperando pelos fogos de artifício que alguns vizinhos soltavam. 

Na família do meu pai sempre tinha uma bela ceia com um cardápio bem natalino e caprichado, uma decoração bem bonita e presentes. 

Na família do Arthur sempre tem uma ceia tradicional, com uma decoração simples e um amigo-secreto que sempre fazia a gente rir muito. Como o avô dele é pastor, sempre tinha um momento em que ele dava uma palavra e orávamos agradecendo o nascimento de Jesus.

Desde que nos mudamos, passamos nosso primeiro natal sozinhos e os anos seguintes na casa de amigos. Esse ano íamos receber uns amigos aqui em casa pra uma fazermos uma ceia, mas não rolou. Eu fiquei doente um dia antes do natal, sem forças nenhuma pra me levantar da cama muito menos pra preparar uma ceia. Foi nosso primeiro natal sem família, sem amigos, sem presentes, sem ceia, sem saúde.

Esse natal inusitado me fez perceber que ouço tanto falar sobre o real sentido do natal, mas se não tenho pelo menos uma dessas coisas, é como se não existisse o que comemorar. Acredito que em todos esses anos, eu me apeguei apenas às tradições mais mundanas. É como estar triste por não ter uma festa de aniversário e por isso não dar a mínima ao aniversariante.

Jesus nasceu em uma cidade comum, numa estribaria, e foi colocado numa manjedoura. Um parto sem hospital, anestesia ou médicos. Sem a visita dos avós, dos tios, dos amigos. Sem uma banquete pós-parto pra mamãe; sem um banquete. Sem guirlandas ou pinheiros decorados com luzes. Nada disso. Houve um coral de anjos, que glorificavam a Deus pela paz na terra que viria daquele bebê. Houve pastores glorificando a Deus, pois eles viram o salvador. Houve magos que seguiram uma estrela para adorar o messias tão esperado.

Por mais que eu ainda deseje muito que minhas filhas possam passar o natal com nossa família no Brasil, eu espero daqui pra frente comemorar Jesus, e não apenas o natal. Com louvores, com leitura da Palavra, com uma ceia que pode ser tão simples quanto pão e suco de uva. Admirando o próprio Deus, na forma de um indefeso recém-nascido, para que pudéssemos ver quão longe seu amor pode ir.

21.12.25

Essa carcaça...

Em um dos últimos episódios que assisti de ab fab, a Eddy tá super assustada com a ideia da morte e diz algo que me deixou muito pensativa. 

"- We all die.

- Yes, but I don't want to! When I think how much I've invested in this body, this life. I've had the best of everything. Pampered by Champney's, fed by Fortnum's. I've been shaved, plucked and moisturised. This carcass ain't croaking or I'll sue!"

Eclesiastes já tinha dito antes, mas a Eddy me fez rir percebendo como somos bobos.

9.12.25

Eu, formiguinha

Hoje só a Tarsila do Amaral pra descrever como eu me senti subindo a escada lotada na estação de trem ontem, voltando do meu primeiro dia de trabalho.

7.12.25

Casas Mágicas: as cozinhas da Eddy

ou seriam as cozinhas da Saffy? 

Absolutely Fabulous
Na verdade, os vários designs da cozinha da Eddy não são meus favoritos, mas no episódio que assisti ontem (White Box), a Eddy fala algo que achei muito interessante. 

"Now even your kitchen's got to be cool, isn't it? You can't just wash your hands in a sink any more, you've got to have a bowl! Not even a bowl, darling! Just a shiny, flat surface that water pours onto and into infinity!"

Parece mais uma maluquice da Eddy, mas tive que concordar. Ainda mais hoje, com o Pinterest, a gente nem precisa ser uma britânica muito rica pra perceber que até nossas cozinhas precisam ser estilosas.

29.11.25

Presentes

Minha vida mudou depois que eu tive a ideia genial de definir um valor pra gastar em presentes. Com muitos amigos cheios de filhos, quase todo mês tem uma festinha de aniversário e a hora de escolher o presente me dava a maior tensão, porque já gastamos muito dando presentes ruins.

Até que em Maio, quando decidi que precisava mesmo gastar menos, defini um valor fixo pra gastar em presentes, $14, que depois virou $15. Às vezes eu demoro a encontrar um presente legal, mas no fim das contas eu percebo como esse limite me ajuda a ser mais criativa.

Ainda não tive o feedback se os últimos aniversariantes gostaram dos nossos presentes, mas eu achei todos tão bacanas que queria pra mim! [1] Lanterninha com projetor; [2] Kit de massinha para mini chefs; [3] Roupinha de bebê; e [4] Livro da Barbara Reid (que eu AMAVA quando era criança, acho que a Victória vai lembrar).