A flower was born
Regresso ao amor
Sra. Henderson Apresenta
Domingo passado assisti Mrs Henderson Presents (2005), escolhi por causa da Judi Dench. Foi legal assistir sem ler a sinopse e ser surpreendida com o desenrolar da história. Fiquei empolgada por saber que era baseado em uma história real. Justamente por isso, me parecia tão impressionante algumas escolhas da Senhora Henderson, não dava pra acreditar que uma viúva da sociedade britânica compraria uma teatro ao invés de joias e que usaria uma das estratégias de marketing mais chocantes de todas. Apesar de suas decisões serem moralmente questionáveis, gostei de ver uma mulher forte, decidida, que não se amedronta com facilidade. Ao mesmo tempo, romântica e sonhadora. Quando a amiga sugere que ela escolha um hobbie como bordar ou participar de caridades pra passar o tempo, ela reage com o tédio de um mulher a frente do seu tempo. Talvez viver na Índia, em contato com uma realidade que não passa nem perto dos contos de fada, a tornou assim? A ideia do filme gira um pouco em torno disso, do por quê ela diferente das demais senhoras. Embora eu ache que na realidade, a morte do filho não teve nada a ver com o estilo do seu teatro, parece ter sido algo inventado pelo roteirista pra gente compreender suas escolhas. E que escolhas! O melhor do filme não é a Senhora Henderson, mas as peças teatrais. Que cenas lindas! Não gosto muito dos musicais mais modernos, mas depois de ver esse filme eu adoraria assistir um musical dos anos 30. A música, as cores, a dança... Realmente um espetáculo. Quando começa a guerra e o próprio teatro é bombardeado, fiquei um pouco chocada de imaginar quão cruel e dura era essa realidade. E como a arte trazia um brilho de alegria naqueles momentos de tanta tensão. Não é um filme favorito, mas gostei demais!
Minha querida dama
"You look in the mirror, and you see an adult. But you have to look more carefully. There's a big piece of you that never grew up. It may have grown tall, but not up."
Pra mim, a mensagem que ficou é que a vida vai ferir a todos e que a "cura" não está dentro de nós, mas dentro de alguém, com quem a gente vai viver esse amor intenso que há guardado em nós. Amei! Acho até que gostaria de ler o livro, deve ser muito bom!
O jardim secreto
A história e o desfecho sempre me tocam muito, porque eu me derreto com dramas familiares que acabam em reconciliação. Acho isso muito bonito, não só em filmes, mas principalmente na realidade. Dessa vez, tentei prestar atenção em outras partes da história, como o menino rico. Quando ele fala que quer ir no jardim no dia seguinte, e depois e depois... Me identifiquei tanto! Conheço a sensação de desejar ficar alegre pra sempre. Também é encantadora a cena em que ele diz que entende como um menino pode ter o universo na garganta, por mais impossível que pareça. Com certeza o diálogo que mais gostei foi quando ele diz que queria casar com a prima, porque queria ficar com ela pra sempre.
"It's like the story, the whole universe is in here. I'm certain it is.
I could marry you. [...] I want us always to be together."
Ah!!!! Que lindo!
Minimalismo... Eeeeww
O minimalismo é uma das piores invenções da década passada, pelo menos pra mim. Minha vontade é dizer que odeio, abomino, odilho o minimalismo e seus gurus com todas as forças, mas tô evitando dizer palavras como essas. Então vou dizer que estou muito brava, comigo inclusive.
Eu sei que tem gente que fica guardando lixo em casa, que quando a gente vive pra comprar é possível que nossa casa fique muito bagunçada. Mas será que não dá pra ensinar a dar uma arrumadinha? Precisa convencer as pessoas a jogar tudo fora? Aaaargh
Vamos ao fatos. Desde que li o livro da Marie Kondo e assisti aquele famoso documentário na Netflix eu fiquei doida. Passava o dia procurando coisas pra dizer muito obrigada e jogar no lixo, talvez na esperança de que eu iria achar a paz interior ou a alegria ou uma casa que nem na revista. O que achei no fim das contas foi uma constante sensação de "valha... O que aconteceu com aquele livro que eu gostava tanto na adolescência? Ah... Eu dei porque não tinha nada a ver comigo".
Que pesadelo!
Pode ser que eu vire uma acumuladora agora? Pode ser. Whatever. Não quero mais que me digam "nossa, você é bem organizada". Espero que falem nas minhas costas "vixe como a Brunna é bagunceira".
Sim, meu filho! Eu tenho história!
Segredos divinos
O violinista que veio do mar
Quanta delicadeza! Os personagens cativam não pelo que são ou fazem, mas pelo que sentem. É tão lindo! O drama se passa na maior parte pelos olhares. A praia, o jardim, a casa, são os outros personagens que assistem tudo.