17.9.25

Memories

Um dos passeios que eu mais queria fazer nessas férias era ir no Heritage Park, uma mistura de parque e museu, cheio de objetos e prédios do século passado. Além de ter ficado encantada com o trem, as roupas dos funcionários e os prédios lindíssimos, o que mais gostei foi ver a casa de uma família de oito filhos. A casa era minúscula e a cozinha não tinha nem um liquidificador para fazer um suquinho. O que eles não tinham de eletrodomésticos, eles tinham de beleza nos detalhes que hoje não temos mais. Recomendo ver as fotos ouvindo Did I Remember, da Billie Holiday ♫ ♪.


Gasoline Alley Museum: os carros eram l-i-n-d-o-s! Mas eu fiquei caçando embalagens fofas

Esse rádio dos anos 50 me lembrou a Yolanda Queiroz. Imaginei ele tocando João Gilberto ♫ ♪.






Argh! Esse pessoal dos anos 50 sabia fazer um acampamento romântico



E esse radinho poderia tocar Fly me to the moon ♫ ♪.

Existe jeito mais charmoso de embrulhar um presente?







morri com esses sapatinhos





Essa era a parte indígena do parque. Achei genial a ideia de decorar uma casa de crochê. Genial.

13.9.25

Farmer's Market





Eu também não lembro

Esses dias a Lana fez um post falando como ela costuma esquecer coisas triviais e eu me identifiquei muito. Além das coisas triviais, eu esqueço as experiências, por isso escrevo um diário com tanto carinho. Os anos passam, e eu recorro aos diários pra lembrar daquele drama de família que nos abalou profundamente, mas que hoje virou uma memória engraçada. Ou rememorar um período pacato e tranquilo, sem novidades, que anos depois me enchem de saudade.

Hoje, minha família disse que poderia ficar com a Mimi pra eu sair com o Arthur e eu fiquei super animada pra jantar em algum restaurante favorito que costumávamos ir no passado, mas eu não conseguia lembrar de nenhum. Por mais inútil que pareça fazer uma review de um restaurante aqui no blog, no fim das contas essa lista se torna um apanhado de lembranças de jantares especiais que eu posso ir de novo.

Antes da família chegar, eles me perguntaram o que a gente queria que eles trouxessem do Brasil. Por mais que eu sinta uma profunda saudade de coisas comuns que só tem na minha cidade natal, esse apego não é suficiente pra mantê-los na minha memória. No fim, eles não trouxeram nada porque eu não lembrei de nada. Chateada porque perdi essa oportunidade rara, fiz uma lista de sabonetes com cheirinho bom que só tem lá, comidas que comi a vida toda e não tem aqui, livros e jogos da infância... E outras quinquilharias que meu cérebro acha que não é importante lembrar, mas que meu coração é profundamente apegado.

É a minha listinha do exílio. 

Se você é curioso que nem eu, pode espiar minha lista aqui.

4.9.25

Mãe é tudo igual

Hoje a Mimi faz 14 meses.

Tenho o mesmíssimo sentimento. 

Espera

Uma das coisas que mais me intrigam na vida com uma bebê, são os momentos de espera. Hoje é um dia agitado, nossa família chega amanhã pra passar uns dias aqui em casa e tem muita coisa pra arrumar. Só que a Mimi precisa tirar sua sonequinha da manhã. Então a gente tem que ficar em casa, sem fazer muito barulho (nosso apartamento é pequeno).

Não dá pra ir no mercado, não dá pra aspirar a casa, não dá pra preparar comida. Dá sim pra fazer algumas coisas mais simples, mas em geral ficamos aqui, calmos, em silêncio, esperando ela acordar. Conversamos em sussurros, fazemos tudo calados, até andamos com mais leveza. Parece que nossa casa vira um lugar sagrado.

Eu, agitada e aperreada como uma boa cearense, amo esses novos momentos de espera.

Livros por todos os lados

Ok, todo mundo se pergunta como a Carrie tem dinheiro pra bancar um estilo de vida tão caro. Mas alguém já se perguntou como ela tem tempo de ler tantos livros? 

Tem livros na estante, na entrada da cozinha, na cabeceira da cama, na mesinha do quarto, na mesa da entrada, na escrivaninha e na cozinha. Só escapa o banheiro e o closet. Junto dos quadros espalhados pelas paredes, acho que é por isso que esse cenário fez tanto sucesso. Graças aos livros, esse pequeno apartamento de um quarto só traz uma enorme sensação de aconchego. 

Hoje estava fazendo uma lista de alguns livros que quero trazer do Brasil e percebi quantos livros fizeram parte da minha história e que, por algum acaso, não tenho mais. Fiquei imaginando como seria especial ainda ter o primeiro "page-turner" que li ou o livro do Murakami com que me conectei profundamente. Não seria tão difícil ter um apartamento como o da Carrie, com livros por todos os lados.

22.8.25

Anne of Green Gables

Esse post bonitinho com foto e tudo é só pra dizer que eu desisti dessa leitura. Não desisti porque é um um livro ruim, mas porque é um livro infantil (obviamente) e eu me identifico mais com as cuidadoras da Anne do que com o jeito imaginativo dela. Uma lástima, admito. Vou deixar na nossa estante caso a Mimi queira ler um dia. Tenho certeza que ela adoraria ler sobre uma menininha que gosta de ouvir as árvores conversarem enquanto dormem.



Comprei esse livro no brechó e amei a diagramação, a fonte dos títulos, o tipo de papel, o leve desgaste de um livro de mais de 20 anos e outras coisas que só achamos em livros antigos. Eu sou do tipo que insiste em ler um livro que não gosta até o final, só pra poder marcar em algum aplicativo que concluí a leitura, mas finalmente acho que fiquei velha demais pra isso.

é o fim para mim

A Miriam descobriu o Rummikub e aprendeu a espalhar todas as quase 100 pecinhas pela casa.

E digo mais, ela aprendeu a subir na cadeira de amamentação para alcançar a caixinha de música.

Ó céus.

21.8.25

rolê gourmet

Recebi um convite inusitado para almoçar com as amigas num restaurante chic. Cheguei atrasada e pedi macarrão, porque achei que era mais rápido. Não só o meu prato veio primeiro, como eu fui a única a não pedir salada. Aposto que o cheirinho de parmesão as deixou inebriadas. 

Sim, sim... Eu também estou numa dieta pra reverter o peso que ganhei na gravidez. Mas não é todo dia que posso comer um Truffle Tortellini, não trocaria isso por um salada. 

Comi glutamato monossódico equivalente de um mês inteiro. 

16.8.25

Produtiva


Essa não é uma lista minha, é da Melina, de quando ela tinha 24 aninhos e provavelmente já tinha se formado na faculdade. A falta de coisas ultra produtivas e a simplicidade dos hábitos saudáveis me fez lembrar da simplicidade com que a gente vê a vida nessa idade. Ontem mesmo tava conversando com o Arthur que me incomoda muito pessoas que têm uma visão de produtividade exagerada, em que cada segundo do dia precisa ser planejado e vivido com intensidade para um bem maior. Talvez a vontade de não perder tempo com bobagens leva a gente a esse outro extremo. Sabe quando você se cansa de ver porcaria no Youtube e decide que a partir de agora só vai ver vídeos que ensinem algo relevante? Que não vai perder tempo com qualquer livro que não traga um ensino transformador. Quanta chatice, não sobra tempo pro quentinho no coração.

Tem horas que precisamos ter conversas sérias e decisivas, e tem horas que só vamos bater-papo. Se a Melina quer ler pelo menos um livro por mês, algum vai ser um romance leve e outro pode ser um clássico denso. Se ela quer cuidar da saúde, é bem mais fácil manter uma rotina simples de exercícios e alimentação balanceada, do que acordar todo dia às 5 pra correr e manter um dieta paleolítica toda maluca.

Deixa o exagero pros abraços, pras conversas leves, pro carinho, pros sorrisos, pra atenção, pra admirar quem amamos, pra ouvir um amigo, pra estar com a família, pra curtir um momento de bobeira com alguém, pra contemplação. Deixa o verão pra mais tarde. 

15.8.25

Será que...

às vezes é preciso minimizar pra maximizar?

Queria mudar algumas coisas na minha cozinha, retirar alguns utensílios antigos. Mas não pra ter uma cozinha minimalista e sem bagunça. Pelo contrário! Queria enxer minhas prateleiras de bagunças fofas.

Essa não é a minha cozinha, mas eu acharia o máximo se fosse.

12.8.25

E assim vou virando uma mamãe

Fui ontem no brechó (depois de meses!) porque queria comprar roupas. Como não podia passar muito tempo procurando, tive que contar com a habilidade de detectar coisas legais de longe e encontrei esse livro "clássico" sobre crianças que sempre quis ter. Fiquei super feliz! Uma amiga tinha me emprestado quando eu tava grávida e eu achei muito legal a ideia de que a gente precisa ensinar as crianças a esperarem. Acho ousado da autora prometer ensinar como fazer isso. Gosto de autores ousados.

Também achei um livrinho da Beatrix Potter que são um sucesso por aqui e eu acho super fofo. Pra completar a compra típica de uma mãe, não levei roupas lindinhas pra usar nos rolês, mas roupas de academia. Sim, a vida sedentária precisa acabar.




6.8.25

30 é a idade do sucesso

Como esperei por esse momento! Finalmente tenho 30! Lembro da minha mãe com 30 anos, eu tinha 7. Ela ia toda chic pro trabalho, e hoje meu estilo parece muito com o dela. Eu finalmente cheguei numa idade em que pessoas com 20 e poucos me acham antiquada e se espantam ao saber quais filmes dos anos 2000 eu assisti no cinema. Eu cheguei na mesma idade marcante de Jesus, quando ele deixou a casa dos pais e saiu a pregar a mensagem mais inusitada e revolucionária da história. Tem muitas coisas grandes que eu gostaria de fazer, mas não foi essa minha crise existencial, como imaginei que seria. Não me perguntei "o que tenho feito da minha vida", mas "quem eu me tornei?"

Curiosamente, há algumas semanas minha mãe tem me mandado fotos de quando eu era pequena porque ela acha que sou parecida com a Mimi. Eu olho pra baby Brunna das fotos e penso como ela era excelente, não havia nada de errado com ela. Infelizmente, desde muito pequena e até alguns dias atrás (realmente, só alguns dias), eu acreditava que eu era inadequada e vergonhosa. Sempre encantada com as pessoas ao meu redor, eu passei quase 30 anos incorporando características, hábitos e trejeitos de pessoas que eu admirava (um parente, um vizinho, um amigo, um professor, alguém da internet). Me distanciando o máximo que eu podia de mim mesma, que eu sempre acreditei ser a versão incompleta e defeituosa de mim. Sério, praticamente qualquer pessoa ao meu redor era melhor do que eu. Esse pensamento bobo me trouxe inseguranças enormes.

Agora que tenho uma filhinha e acredito que ela é a versão pequena de uma mulher maravilhosa criada por Deus, olho pra baby Brunna e percebo que aquela menininha era a versão pequena de uma mulher maravilhosa que Deus mesmo criou. Olho pra mim hoje, e me sinto confusa. O quão diferente eu sou da Brunna que eu teria sido, se desde a infância eu tivesse sido um pouquinho menos preocupada com o que pnsariam de mim.

Hoje, conversando com o Arthur, percebi que depois de tanto ouvir as pessoas falarem mal da minha família, eu tentei de todo jeito ser diferente deles. Percebi que o único defeito deles é, na verdade, o pecado. Pecados que eu e todas as pessoas que falam mal deles também carregam. Percebi que excluindo seus pecados, eu amo minha família e sua jeito alegre. Como me senti bobinha por ter desejado ser diferente deles. Em 30 anos de memórias, as que eu mais amo foram vividas ao lado deles. 

A versão da Brunna que eu adoraria ver é aquela em que as características boas que haviam no berço da minha familia (como a alegria, a inteligência, a determinação, a criatividade, a honestidade, a estudiosidade, o gosto pela arte, a ousadia) amadureceram. E que os pecados foram (de glória em glória) trabalhados. Espero que nos próximos anos eu deixe de lado a mania de querer esculpir minha personalidade imitando pessoas que admiro; e que eu permita que aquele que me criou, e escolheu minha família, teça o meu eu do jeito bonito que ele mesmo planejou.

1.8.25

Pra sempre ele será

Os céus declaram
A glória do Senhor Jesus
Quem se compara a beleza do Senhor?

Pra sempre Ele será
Cordeiro entronizado
Alegres nos prostramos
E a Ele adoramos

Proclamaremos
A glória do Senhor Jesus
Que imolado foi
Pra nos reconciliar com Deus

Tem músicas que foram feitas pra serem cantadas em conjunto. Essa é uma delas. Nunca tinha ouvido, mas parece que é um corinho antigo da igreja no Brasil, que eu encontrei em uma dos estudos do César Coneglian. Entre todas as coisas que tenho estudado e aprendido nos estudos que ele deu, certamente tudo poderia ser resumido nisso: pra sempre Jesus será o cordeiro entronizado, nós nos prostramos alegres e só a ele adoramos. Quantas verdades poderosas e libertadoras existem nesse pequeno trecho!

20.7.25

"Como nos espantamos com o mal a que assistimos, porque simplesmente nos dissociamos dele. Chocarmo-nos com o mal alheio é não termos noção de que, debaixo de variadas circunstâncias e sem a ajuda de Deus, provavelmente faríamos igual."

- Ana Rute Cavaco

Recap

Quando fiz a última postagem no blog, eu tava tentando me conter porque tinha muitas coisas legais que eu queria postar, mas estava sem tempo. Final das contas, esqueci tudo e fiquei todos esses dias sem nada pra compartilhar. Não li livro nenhum, quase não tirei fotos, não assisti nenhum filme, não ouvi nada novo... Será que chegar perto dos 30 é perceber que não precisamos de tantas novidades assim?

Mesmo assim, assisti alguns vídeos tão legais no Youtube (entre outras porcarias sobre I.A, igrejas moderninhas e tendências do TikTok que revelam como estou envelhecendo e que não merecem uma menção honrosa). Taí um recap que eu deveria ter feito há mais tempo: vídeos da hora que ficaram fora do radar.

Yasmin Miyashio: amei não só a edição sensacional, mas como essa moça torna seu dia-a-dia mega divertido. Acho que pela primeira vez vi um vlog em SP que me deu vontade de conhecer a cidade.

Goodbye 2006: Esse vídeo é de 2006, não tem nada além de fotos e uma musiquinha. Na época poderia não ser nada demais, mas quase 20 anos depois, me fez lembrar como toda memória boa é preciosa.

Japanese School Lunch: Eu sei que os japoneses eram os soldados mais perversos na guerra (a gente teve até um vizinho velhinho que odiava os japoneses por causa das histórias violentas que um colega seu, que lutou na guerra, contou pra ele). Mas como essas mesmas pessoas podem ter escolas tão lindinhas assim?!!!!! Fiquei encantadíssima.

Como fazer corante natural: Eu amava assistir o Dulce Delight no passado e esses dias encontrei esse vídeo antigo que prova que essa moça precisava fazer muito sucesso. Que vídeo lindinho!!! 

Amélie fotografando: Toda vez que eu aponto a câmera pra algo bonitinho eu me sinto a baby Amélie fotografando nuvens fofas com sua câmera.

Páginas em branco

Fiquei empolgada depois que comecei a anotar trechos da bíblia na minha agenda do ano passado que ficou cheia de páginas em branco. Ainda não faço isso com a consistência que gostaria, mas sempre que paro pra escrever, usando várias das minhas canetas coloridas, parece que a Brunna adolescente ressurge toda animada. Na época da escola eu era a menina que colecionava folhas fofas de fichário, canetas coloridas, canetas de glitter e adesivos. Copiar esses versículos tem sido tão satisfatório! Escrever (à mão mesmo) é minha atividade manual favorita!

19.7.25

Strange fruit


Alguém esqueceu essa bolsinha na árvore do parquinho. Os morangos industrializados estão indo longe demais... :p

11.7.25

Vlogs aleatórios

Ontem, já perto da meia-noite, eu e o Arthur lembramos de um canal que a gente amava assistir em meados de 2016: Eventos Aleatórios, do Tito Melo. Conheci ele por indicação da Luíza Junqueira e achei genial o jeito de ele montar um mini-filme super divertido com os acontecimentos mais banais e aleatórios do seu dia.

É como se ele parasse um pouco de pensar no futuro ou no passado, e olhasse pras coisas bonitas e imperceptíveis que acontecem todos os dias. Amo, amo, amo vlogs assim!

10.7.25

Acabei de perceber que o título dos últimos posts estão todos no diminutivo. help

Sapatinhos

Descobri um novo rolê favorito: comprar sapatinhos de bebê.

Fominhas

Acho muito curioso quando vejo pessoas não cristãs falando de coisas que eu aprendi na palavra de Deus. Com frequência o Youtube me recomenda vídeos sobre detox digital, alguns inclusive de cristãs dando sugestões de como ler mais a bíblia e ficar menos no celular. Uma dessas recomendações foi esse vídeo do John Green, que eu nem precisei assistir pra imaginar o que ele quer dizer. Sim, existe uma informação que desejamos ardentemente encontrar, e não cansaremos de procurar.

9.7.25

Denguinho

Agora que tem um aninho, a Miriam faz algo que a gente sempre esperou: enconsta a cabeça no nosso ombro quando colocamos um lençolzinho. Bebê dengosinha? Finalmente temos!

8.7.25

Agendinhas

Achei uma solução pra algo que me incomodava tanto: em cada página em branco das agendas passadas, vou copiar um salmo e, se tiver espaço, fazer algumas anotações. Eu amo escrever, canetas, caderninhos, letrinhas fofas... Só agora pensei em juntar tudo isso e fazer o que as norte-americanas chamam de scripture writing.

Certeza

que o minimalismo foi inventado por alguém que não aguentava mais guardar roupa lavada.

c'est la vie

Ontem eu tinha um monte de ideias pra postar no blog, como estava ocupada fui deixando pra depois. Uma dessas ideias era comentar sobre a morte da Anne Burrel, que eu gosto tanto e que se foi tão jovem, famosa, bem-sucedida e de repente. Eu ia fazer um post comentando como a notícia da morte dela me deixou refletindo profundamente sobre a brevidade da vida, quais escolhas fazemos nesse breve período que estamos aqui, como não sabemos do amanhã e como tudo muda de repente.

Antes que eu pudesse sentar pra escrever, Mimi teve reação a vacina de um aninho e não parava de chorar, chateada pelos bracinhos doloridos, inconsolável. Imediatamente, tudo o que ocupou meus pensamentos ao longo do dia pareceu a maior bobagem. Tudo mudou de repente.

5.7.25

Argh! #2

Coisas bobas que me chateiam profundamente: fotos fora de ordem cronológica

Festinha é tudo de bom

Há um ano...

Eu assistia Xena, a princesa guerreira (dublado!), pra tentar dormir um pouco entre uma contração e outra... Eu ia pro hospital numa quinta ensolarada, parando pra tomar um café no meio do caminho, feliz porque naquele dia eu conheceria minha filhinha... E conheci!

Hoje ela já tem muitos apelidos, uma caixa cheia de roupinhas que já ficaram pequenas, muitos amigos, fotos e histórias divertidíssimas, duas perninhas que andam apressadas, um sorriso que me derrete toda. Quanta vida cabe em um aninho!

3.7.25

Baby Zoey

Nasceu a baby Zoey! filhinha do Léo e da Cami, irmã do toninho (o bebê mais fofo de todos que agora já um rapazinho e irmão mais velho).

Curiosamente, um dia antes do aniversário da Mimi!

Canção de se dar

Amanheci o dia desanimada, sem saber o motivo. Mas é segunda, o dia oficial do "eu-vou-mudar-minha-vida", então eu precisava de algo que me trouxesse a empolgação que eu precisava. Coloquei Vencedores por Cristo pra tocar e tcharam! Não demorou alguns segundos e eu já estava cantarolando por aí.

♩ ♬ Vem agora! Dar a Cristo a vida... Du, du, du, du... Benção esquecida. Dê a vida ao salvador e receba o Seu amor ♪ ♫

As músicas que ouvi (e recomendo muito) foram: Cação de se dar (amo!), Cristo é realOlhai os Lírios e Volte à Vida. Toda são do álbum Se eu Fosse Conta, de 1973. Você acharia muito estranho se eu dissesse que lembro dos Beatles quando ouço esse álbum? Os instrumentos alegres, o ritmo animado, a empolgação, o "tchu-tchu-tchu"... Anima qualquer segunda preguiçosa.

Argh!

Coisas bobas que me chateiam profundamente: agendas com datas, que no fim do ano ficam repletas de páginas vazias.

Primeiro de tudo

Antes de tantas coisas que precisamos fazer, em primeiro lugar, dobre os joelhos.

Esse símbolo é suficiente, você saberá o que fazer. 

Se não puder se ajoelhar, junte as mãos. 

Se não puder, curve a cabeça, ou feche os olhos. 

Se não puder, olhe pro céu.

Lembre, à sua mente esquecida, a escolher a boa parte.

Essa não lhe será tirada.

2.7.25

Seja livre

Não tem um dia que eu não queira tirar uma foto, fazer um desenho, escrever um texto, assar um bolo... Criar alguma coisa! Quando eu era pequena era igual. Até que a falta de supervisão trouxe terríveis prejuízos a minha mãe. Mas até que ela não me reprimia.

Um dia, numa escola, estava fazendo uma atividade manual e me empolguei tanto que saí pintando o trabalho todo de bolinhas coloridas. Minha professora olhou indignada e perguntou da onde eu tirei aquela ideia nada a ver. Ela parecia tão chateada quanto minha mãe ficava quando eu pintava as roupas dela. Fiquei tão envergonhada que joguei meu desenho fora, arrasada.

De algum modo, parecia que dentro de mim eu era a mesma menina envergonhada. Quantas vezes, já com quase trinta anos, eu desfaço algo que gosto tanto com vergonha do que vão dizer. Quantas vezes esqueço da minha própria liberdade.

Livre pra criar o que eu tiver vontade, pra desenhar o que eu quiser, pra tirar fotos do jeito que eu sei sem me preocupar se elas precisam estar boas o bastante pra aparecer numa revista, pra testar uma receita que a gente vai comer e que não precisa agradar uma clientela, pra escrever textos num blog sem a pretensão de agradar uma audiência enorme... Pra me divertir desenhando bolinhas na minha roupa, sem medo de chatear ninguém.

1.7.25

Produtividade

"Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso"

Enquanto arrumava a casa, lavava a roupa, brincava com a Mimi cantarolando pela casa, tive vontade de sentar um pouquinho pra descansar em vários momentos. Daí lembrei de algo que meu avô sempre dizia: "acordei super cedo, comecei a fazer várias coisas, e só parei agora. Tô muito cansado!", e aí ele finalmente deitava na sua redinha. Pra mim esse é uma das melhores dicas de produtividade que já recebi (e que você talvez já saiba) e que me lembrou de Provérbios 6:9-10. Primeiro a gente trabalha e trabalha, até ficarmos satisfeitos com o resultado. Daí a gente descansa, simples assim.

Presente pra booklovers

Essa foto não está das melhores, mas whatever... Fui na casa de uma amiga ontem e na sua estante de livros tem esse "livro" que na verdade é uma mini bibliotequinha secreta. Achei tão fofo! Acende a luz e tudo. Ela é uma super booklover e ganhou isso de presente de uma outra amiga nossa que dá os melhores presentes. Fiquei impressionada como os quebra-cabeças evoluíram para o mundo 3D!

24.6.25

Item indispensável pro enxoval do bebê

Um dos itens mais importantes do enxoval do bebê: um fone portátil pra ouvir podcasts engraçados quando você acordar pela quarta vez no meio da madrugada.

"O bom-humor é como a canção na estrada, que faz esquecer o cansaço, quebra a monotonia e levanta o ânimo"

- As Pequenas Virtudes do Lar, de Georges Chevrot

17.6.25

Exercícios homemade

"Varrer o chão, trocar a água das plantas, arrumar a mesa, fazer a cama, pôr a mesa do jantar, todas essas atividades racionais de organização são exercícios físicos. Qualquer pessoa que tem que fazer tarefas em casa e conhece o cansaço que vem logo em seguida sabe quanto movimento é preciso pra completá-las. Especialmente hoje, as pessoas falam muito sobre a necessidade de ginástica e exercício físico. Eis aqui um exercício. Não movimentos repetitivos e mecânicos, mas aqueles que podem ser feitos por um bom motivo" The child in the family, Maria Montessori (mal traduzido por mim)

Como nunca pensei nisso? Nada me deixa mais cansada do que uma bela faxina. Se você é como eu e não se sente muito empolgado pra academia, aqui vai uma lista de exercícios que são intensos, quase gratuitos e até divertidos.

  • Brincar com um bebê ou uma criança
  • Jogar frisbee 
  • Jogar Pickle Ball (ou peteca)
  • Caminhar no bairro
  • Fazer esteira assistindo um filme, uma série, ou vlogs
  • Trilha com amigos
  • Correr ouvindo músicas agitadas
  • Subir e descer escadas
  • Andar de bicicleta
  • Andar de patins
  • Nadar
  • Pular corda
  • Levantar coisas pesadas
  • Fazer pilates pelo Youtube
  • Fazer yoga pelo Youtube
  • Dançar livremente
  • Aprender coreografias
  • Fazer aeróbica dos anos 80 pelo Youtube
  • Jogar Just Dance (ou imitar pelo Youtube)
  • Jogar boliche
  • Jogar tênis
  • Varrer ou aspirar a casa

25.5.25

Calgary book fair

Esse mês fui em uma feira anual de livros super legal que tem na minha cidade, a Calgary Reads Big Book Sale. A feira fica em um centro de treinamento de Curling (um esporte bem típico do Canadá), então imagine um galpão grande com mesas enormes e muitos muitos livros. Também tinha revistas, CDs e até DVDs. E tudo por no máximo $4, achei o máximo. 

Quem me recomendou foi uma amiga que é uma bookworm de carteirinha, mas infelizmente não consegui ir com ela. Acabei indo sozinha no último dia e por isso os livros mais "legais" já tinham sido comprados. Os livros são doados por pessoas, empresas e lojas, e quem organiza tudo são voluntários (seria meu dream vlunteer job?). Fiquei encantada com a organização dos livros, melhor que muitas livrarias por aí. Acabei comprando poucos livros porque também fui já no fim do dia e não tive muito tempo pra procurar. Comprei três livros infantis, um sobre organização e outro de receitas.

Um livro que fiquei muito feliz de encontrar foi o Sink Reflections, da Marla Ciley (2002). Conheci ela há anos atrás através da Cristal Muniz, autora do livro Uma Vida sem Lixo. A Marla é conhecida por ter um método de organização pra pessoas que não têm muito tempo pra cuidar da casa e estão no meio do caos. O diferencial desse método é ir arrumando a casa aos poucos, dando um pequeno passo a cada dia (os famosos baby steps). O primeiro passo é deixar sua pia brilhando, por isso o título do primeiro livro dela é Sink Reflections. Eu gosto muito do jeito que ela escreve e como ela leva a organização da casa a sério, mesclando com reflexões sobre a vida. Amei ter achado esse livro!

Faraway Friends, de Gyo Fujikawa (1981)

All Together, de Ro Malik (1986)

Os livros infantis são muito fofinhos. São dos anos 80 e têm uma ilustração super colorida que eu amei. As histórias são super simples, na verdade acho que esses livrinhos não chegam a ter uma história mesmo. Parecem pequenos livros de arte pra bebês. Inclusive, só comprei livros de páginas grossas (board books) porque a trend atual da Miriam é comer papel. Se não fosse por isso teria levado mais.

Questions Children Ask, de Edith Bonhivert (1961)

O outro livro infatil me chamou atenção pela ilustração clássica dos anos 60. É um livro de respostas simples pra perguntas que crianças costumam fazer sobre a natureza, o corpo-humano, a vida, a sociedade etc. Achei que seria o livro ideal pra alguém que nem o Arthur que tem sempre um curiosidade guardada na manga.

Slices of Life, de Leah Eskin (2014)

Fui super animada pra seção de cookbooks, mas só gostei de um. Esse livro mistura receitas com histórias da vida da autora e sua família. Escolhi esse pelo design da capa, a fonte e a diagramação, achei super caprichado. A pesar de não conhecer a autora, vi que ela era colunista de um famoso jornal de Chicago, então imaginei que ela deve escrever muito bem.

Achei que traria mais preciosidades pra casa, mas saí de lá determinada a ir no primeiro dia de evento no ano que vem. Vou levar bolsas maiores, juntar mais dinheiro e chegar cedo pra passar bastante tempo procurando.