25.10.25

Pai à deriva

fico impressionada que alguém pensou nisso e soube pôr tão bem em palavras

"Ter filhos é descer um degrau na escada da qualidade de vida. Talvez por isso as pessoas hoje, que são mais felizes que antigamente, têm menos filhos. Estreei-me nestas lides há pouco tempo e já deu para aprender a lição. Calhou-me uma criança com problemas nos rins. Averiguei se dava para trocar. Nem por isso.

(...)

Por que será que a Bíblia nos fala de Deus enquanto Pai? Terá também Ele visto a qualidade de vida ser-Lhe reduzida ao decidir criar o Homem? Provavelmente. Tanto é assim que sabemos dos trabalhos em que Se tem metido para tratar das doenças dos Seus filhos. Desde a simples enxaqueca ao cancro do pulmão tudo serve para Deus Se afligir. E mais. Não só Se preocupa com as maleitas físicas. Igualmente O apoquentam as enfermidades do espírito. Não há farmácia que sirva a Deus todos os remédios que precisa para ver os Seus pequenos saudáveis.

(...)"

Tiago Cavaco

Home comforts

O connecting group dessa semana foi aqui em casa e antes de todo mundo chegar, é aquela pressa pra arrumar a casa, aspirar o carpete, tirar as tralhas das bancadas. Segundos antes deles chegarem, a gente olhou ao redor meio surpreso... Que linda tava a nossa casa! Seria a organização, a limpeza ou a animação de receber os amigos?

22.10.25

Lost in translation

Mais uma vez, fui ver nosso médico de família por causa de uma desagradável bladder infection que não tem me deixado dormir direito. Dessa vez, o Arthur que sempre fala, ficou calado pra que eu pudesse conversar mais à vontade com o médico. Foi ótima nossa conversa. Só que eu saí de lá achando que ainda estava com uma infecção e na verdade ele disse que não tenho infecção nenhuma.

E por que estou publicando isso? São esses micos ridículos e esses eventos mundanos que vão me contar a história do extraordinário que estamos vivendo.

19.10.25

iguarias


 Uma Brunna com seu copinho de leite com bolacha é uma Brunna feliz.

foodie

Acabei esquecendo completamente de fazer a review dos restaurantes que comi recentemente, então vou resumir tudo nesse compilado.

Jun Katsu

Um dos nossos restaurantes japoneses favoritos, especialmente porque ele é cheio de asiáticos, inclusives bebês de olhinhos puxados. Eu pedi noodles e um katsu de porco, que é basicamente porco empanado. E o Arthur pediu curry com miso soup. A comida é uma delícia, a gente ama. Mas ao contrário do que se inventa sobre a comida japonesa, nem sempre ela é tão saudável assim. Saímos de lá como se tivéssemos comido pra semana toda.

Harvey's

Que decepção. Eu sempre acho que pedir hambúrguer é a escolha mais segura na américa do norte, porque essa é a comida deles. Silly me. A carne parecia crua e os legumes estavam meio sem graça. A batatinha, por outro lado, perfeita. Espero não pedir de novo. 

Momoyama

Fa-vo-ri-to. o melhor sushi de abacate que existe. Acredite em mim, é uma delícia.

Boogie's Burgers

Ok, dessa vez os norte-americanos mostraram suas habilidades em fazer bons hambúrgers. Era uma delícia, mas eu estava enjoada demais pra poder apreciar. A gente pediu milk-shake de banana na esperança que ia ter gosto de bananada, mas era feito com pózinho.

Little Caesars

Pizza de queijo, junk food, supreme. É tão delícia que a gente ficou chateado por ter pedido a média no lugar da grande.

Famoso Neapolitan Pizzeria

Já foi meu restaurante favorito. Mas numa noite em que tudo o que eu queria era uma singela pizza marguerita pra aliviar meus enjoos, eles me decepcionam queimando a massa.

Irmãos

Até meus quinze anos, fui filha única. Uma coisa que adoro perguntar aos meus amigos é sobre a experiência deles tendo irmãos.

E hoje, quando contei que estou grávida, a Bianca e o Emerson, A Rafaele e o Alan, me contaram, alegres, que ter irmão é tudo de bom. Que vai ser muito bom pra Miriam ter um irmão com um diferença pequena de idade, que com certeza serão bem próximos. Mas que o mais novo às vezes sofre na mão do mais velho. Que o mais novo é inevitavelmente mais amado pelos pais. Que o do meio não recebe nenhuma atenção especial, que é ótimo pra resolver problemas.

Eu queria que a Miriam conseguisse entender como eu estou empolgada por ela.

16.10.25

papi

após meses falando "mami" toda vez que a gente pedia pra Miriam falar papai, finalmente ela acorda pela manhã e imediatamente chama: "papai!"

irresistível, diz o papai

15.10.25

Vão-se os lugares, fica-se a saudade

Enquanto eu fazia o curso online de direção (aliás... que chatice), me lembrava das vezes que andava de carro com a tia Joana e as meninas. Lá em meados de 2005, quando eu tinha dez anos, e o carro dela era uma Pajero TR4. Eu não entendo absolutamente nada de carro, mas desses eu lembro, tipo como nome próprio.

Fui no Google Maps "passear" por algumas das ruas e lugares que a gente costumava ir e foi uma tristeza absurda. A saudade é assim. Implacável, insensível. Está tudo tão diferente, os prédios foram demolidos e substituídos, o shopping reformado, as lojas fecharam, até as árvores foram cortadas.

Que sentimento estranho. Não tenho nem foto desses lugares. Afinal, quem ia tirar foto assim, de uma rua, de uma loja, de uma árvore com balanço? Essas lembranças que tenho com tanto carinho não existem mais em lugar nenhum, se não na minha mente. 

ó vida.

Vez ou outra olho pra minha agenda, especialmente quando ela está cheia, e me pergunto se estou escolhendo as tarefas "corretas". Me pergunto se o percurso que eu estou criando pra mim através daquele pedaço de papel, está me conduzindo a um lugar que eu goste. Será que no futuro vou olhar pra essa agenda com desdém e pensar como perdi meu tempo? Quais as chances de eu olhar pra minha agenda de 2025 no futuro e ficar feliz por ter feito boas escolhas?

Se o estudo e a leitura da Bíblia não fizer parte dessa agenda, posso afirmar com certeza de que minhas escolhas não estão me levando pra um lugar que eu goste. Nenhuma conquista é melhor do que estarmos com nosso pai.

13.10.25

Esse domingo, durante o culto um amigo deu um testemunho de como fazer uma leitura bíblica e oração curta pela manhã, antes de qualquer atividade, tem mudado sua vida no último ano. A mudança mais marcante, é como o desejo e o apreço pelas coisas de Deus tem aumento no seu coração, levando ele a dividir o evangelho com mais e mais pessoas.

Achei sensacional que ele deu esse testemunho e me senti motivada a fazer o mesmo.

No fundo, não deixo de pensar. Será que todo crente é assim? Ou só nós que somos indisciplinados, preguiçosos, iludidos, meio bobos... 

21.9.25

Cozinhas amarelas são mais alegres

Keeping Mum (2006) virou um dos meus filmes favoritos, especialmente depois que vi a cena em que a família come alegre na cozinha amarela. Na minha opinião, ninguém decora melhor um ambiente do que os britânicos e tive a impressão que se existe uma "cor certa" pra pintar a cozinha, é amarelo. Parece que o amarelo ameniza a bagunça usual que existe numa cozinha, combina bem com todas as frutas, verduras, ingredientes e até embalagens. É tão aconchegante! As flores e outros detalhes na mesma cor trazem tanta vida, que realmente parece um ambiente em que a gente quer chegar, ficar e conversar.




minha versão da sopa italiana

Meu canal do Youtube favorito é o da Rosie Maio, em que ela compartilha exporadicamente tudo o que ela come nas férias que passa na casa da sua vó, na Calábria. Uma das receitas que mais tenho vontade de provar é a da sopa de feijão, me lembra demais a comida da minha vó. Tanto carinho num prato tão simples.

Hoje foi um daqueles dias que minha desorganização me atrapalhou e percebi que certas coisas não podem ser deixadas pro improviso. E por isso cozinhar é tão especial pra mim, é meu momento criativo. Minha versão dessa sopa ficou totalmente diferente. Na receita original, tem abobrinha ao invés de cenoura, tem os feijões que eu não tinha em casa. Mas quis me aventurar numa sopa de tomate, com macarrão, batatas e um fanguinho desfiado que tinha no congelador. Ficou tão delicioso!

Uma dica que aprendi lendo um lirvo fancês, é cozinhar o macarrão separadamente e só pôr a sopa por cima. Desse jeito o macarrão não suga todo o caldo e a sopa pode ser comida depois (ou até congelar). Outra coisa que aprendi com os italianos, é que na sopa o macarrão deve ser pequeno ou quebrado antes de cozinhar. Esqueci desse detalhe e tive que comer de garfo, que vacilo!

Sempre que faço sopa, lembro da minha cena favorita de Paper Man (2009), que recomendo muito inclusive. Uma "babá" demonstra um carinho inusitado e sincero ao fazer uma sopa pro dono da casa, e ele reage impressionado dizendo: 

- You made this [soup]?

- Yeah.

- How?

- l don't know. A couple of carrots, an onion. Oh, l hope that's okay. l just kind of helped myself.

- No, it's fantastic.

- Oh, well, you haven't even tasted it yet

- No, no, no, l mean, the fact of it is fantastic, that you made something from nothing.

- Oh, you can, you know, kind of make soup out of anything. That's the great thing about it. Just whatever's Ieft laying around, you know. You can take all the crap that's rotting in your fridge and throw out, or you could toss it into a pot and make soup out of it. So l go with soup.

- lt's excellent

- Do you remember the moment when you reaIized that soup didn't have to come out of a can, you know, like all manufactured, that your chicken noodle couId kick Campbell's chicken noodle's ass any day of the week?

- I think I'm having that moment right now.

- Plus, it's very nutritious, which is good.

Esse é o melhor crash course de culinária e eu pude provar isso hoje com minha sopinha.

17.9.25

Memories

Um dos passeios que eu mais queria fazer nessas férias era ir no Heritage Park, uma mistura de parque e museu, cheio de objetos e prédios do século passado. Além de ter ficado encantada com o trem, as roupas dos funcionários e os prédios lindíssimos, o que mais gostei foi ver a casa de uma família de oito filhos. A casa era minúscula e a cozinha não tinha nem um liquidificador para fazer um suquinho. O que eles não tinham de eletrodomésticos, eles tinham de beleza nos detalhes que hoje não temos mais. Recomendo ver as fotos ouvindo Did I Remember, da Billie Holiday ♫ ♪.


Gasoline Alley Museum: os carros eram l-i-n-d-o-s! Mas eu fiquei caçando embalagens fofas

Esse rádio dos anos 50 me lembrou a Yolanda Queiroz. Imaginei ele tocando João Gilberto ♫ ♪.






Argh! Esse pessoal dos anos 50 sabia fazer um acampamento romântico



E esse radinho poderia tocar Fly me to the moon ♫ ♪.

Existe jeito mais charmoso de embrulhar um presente?







morri com esses sapatinhos





Essa era a parte indígena do parque. Achei genial a ideia de decorar uma casa de crochê. Genial.

13.9.25

Farmer's Market





Eu também não lembro

Esses dias a Lana fez um post falando como ela costuma esquecer coisas triviais e eu me identifiquei muito. Além das coisas triviais, eu esqueço as experiências, por isso escrevo um diário com tanto carinho. Os anos passam, e eu recorro aos diários pra lembrar daquele drama de família que nos abalou profundamente, mas que hoje virou uma memória engraçada. Ou rememorar um período pacato e tranquilo, sem novidades, que anos depois me enchem de saudade.

Hoje, minha família disse que poderia ficar com a Mimi pra eu sair com o Arthur e eu fiquei super animada pra jantar em algum restaurante favorito que costumávamos ir no passado, mas eu não conseguia lembrar de nenhum. Por mais inútil que pareça fazer uma review de um restaurante aqui no blog, no fim das contas essa lista se torna um apanhado de lembranças de jantares especiais que eu posso ir de novo.

Antes da família chegar, eles me perguntaram o que a gente queria que eles trouxessem do Brasil. Por mais que eu sinta uma profunda saudade de coisas comuns que só tem na minha cidade natal, esse apego não é suficiente pra mantê-los na minha memória. No fim, eles não trouxeram nada porque eu não lembrei de nada. Chateada porque perdi essa oportunidade rara, fiz uma lista de sabonetes com cheirinho bom que só tem lá, comidas que comi a vida toda e não tem aqui, livros e jogos da infância... E outras quinquilharias que meu cérebro acha que não é importante lembrar, mas que meu coração é profundamente apegado.

É a minha listinha do exílio. 

Se você é curioso que nem eu, pode espiar minha lista aqui.

4.9.25

Mãe é tudo igual

Hoje a Mimi faz 14 meses.

Tenho o mesmíssimo sentimento. 

Espera

Uma das coisas que mais me intrigam na vida com uma bebê, são os momentos de espera. Hoje é um dia agitado, nossa família chega amanhã pra passar uns dias aqui em casa e tem muita coisa pra arrumar. Só que a Mimi precisa tirar sua sonequinha da manhã. Então a gente tem que ficar em casa, sem fazer muito barulho (nosso apartamento é pequeno).

Não dá pra ir no mercado, não dá pra aspirar a casa, não dá pra preparar comida. Dá sim pra fazer algumas coisas mais simples, mas em geral ficamos aqui, calmos, em silêncio, esperando ela acordar. Conversamos em sussurros, fazemos tudo calados, até andamos com mais leveza. Parece que nossa casa vira um lugar sagrado.

Eu, agitada e aperreada como uma boa cearense, amo esses novos momentos de espera.

Livros por todos os lados

Ok, todo mundo se pergunta como a Carrie tem dinheiro pra bancar um estilo de vida tão caro. Mas alguém já se perguntou como ela tem tempo de ler tantos livros? 

Tem livros na estante, na entrada da cozinha, na cabeceira da cama, na mesinha do quarto, na mesa da entrada, na escrivaninha e na cozinha. Só escapa o banheiro e o closet. Junto dos quadros espalhados pelas paredes, acho que é por isso que esse cenário fez tanto sucesso. Graças aos livros, esse pequeno apartamento de um quarto só traz uma enorme sensação de aconchego. 

Hoje estava fazendo uma lista de alguns livros que quero trazer do Brasil e percebi quantos livros fizeram parte da minha história e que, por algum acaso, não tenho mais. Fiquei imaginando como seria especial ainda ter o primeiro "page-turner" que li ou o livro do Murakami com que me conectei profundamente. Não seria tão difícil ter um apartamento como o da Carrie, com livros por todos os lados.

22.8.25

Anne of Green Gables

Esse post bonitinho com foto e tudo é só pra dizer que eu desisti dessa leitura. Não desisti porque é um um livro ruim, mas porque é um livro infantil (obviamente) e eu me identifico mais com as cuidadoras da Anne do que com o jeito imaginativo dela. Uma lástima, admito. Vou deixar na nossa estante caso a Mimi queira ler um dia. Tenho certeza que ela adoraria ler sobre uma menininha que gosta de ouvir as árvores conversarem enquanto dormem.



Comprei esse livro no brechó e amei a diagramação, a fonte dos títulos, o tipo de papel, o leve desgaste de um livro de mais de 20 anos e outras coisas que só achamos em livros antigos. Eu sou do tipo que insiste em ler um livro que não gosta até o final, só pra poder marcar em algum aplicativo que concluí a leitura, mas finalmente acho que fiquei velha demais pra isso.

é o fim para mim

A Miriam descobriu o Rummikub e aprendeu a espalhar todas as quase 100 pecinhas pela casa.

E digo mais, ela aprendeu a subir na cadeira de amamentação para alcançar a caixinha de música.

Ó céus.

21.8.25

rolê gourmet

Recebi um convite inusitado para almoçar com as amigas num restaurante chic. Cheguei atrasada e pedi macarrão, porque achei que era mais rápido. Não só o meu prato veio primeiro, como eu fui a única a não pedir salada. Aposto que o cheirinho de parmesão as deixou inebriadas. 

Sim, sim... Eu também estou numa dieta pra reverter o peso que ganhei na gravidez. Mas não é todo dia que posso comer um Truffle Tortellini, não trocaria isso por um salada. 

Comi glutamato monossódico equivalente de um mês inteiro. 

16.8.25

Produtiva


Essa não é uma lista minha, é da Melina, de quando ela tinha 24 aninhos e provavelmente já tinha se formado na faculdade. A falta de coisas ultra produtivas e a simplicidade dos hábitos saudáveis me fez lembrar da simplicidade com que a gente vê a vida nessa idade. Ontem mesmo tava conversando com o Arthur que me incomoda muito pessoas que têm uma visão de produtividade exagerada, em que cada segundo do dia precisa ser planejado e vivido com intensidade para um bem maior. Talvez a vontade de não perder tempo com bobagens leva a gente a esse outro extremo. Sabe quando você se cansa de ver porcaria no Youtube e decide que a partir de agora só vai ver vídeos que ensinem algo relevante? Que não vai perder tempo com qualquer livro que não traga um ensino transformador. Quanta chatice, não sobra tempo pro quentinho no coração.

Tem horas que precisamos ter conversas sérias e decisivas, e tem horas que só vamos bater-papo. Se a Melina quer ler pelo menos um livro por mês, algum vai ser um romance leve e outro pode ser um clássico denso. Se ela quer cuidar da saúde, é bem mais fácil manter uma rotina simples de exercícios e alimentação balanceada, do que acordar todo dia às 5 pra correr e manter um dieta paleolítica toda maluca.

Deixa o exagero pros abraços, pras conversas leves, pro carinho, pros sorrisos, pra atenção, pra admirar quem amamos, pra ouvir um amigo, pra estar com a família, pra curtir um momento de bobeira com alguém, pra contemplação. Deixa o verão pra mais tarde. 

15.8.25

Será que...

às vezes é preciso minimizar pra maximizar?

Queria mudar algumas coisas na minha cozinha, retirar alguns utensílios antigos. Mas não pra ter uma cozinha minimalista e sem bagunça. Pelo contrário! Queria enxer minhas prateleiras de bagunças fofas.

Essa não é a minha cozinha, mas eu acharia o máximo se fosse.

12.8.25

E assim vou virando uma mamãe

Fui ontem no brechó (depois de meses!) porque queria comprar roupas. Como não podia passar muito tempo procurando, tive que contar com a habilidade de detectar coisas legais de longe e encontrei esse livro "clássico" sobre crianças que sempre quis ter. Fiquei super feliz! Uma amiga tinha me emprestado quando eu tava grávida e eu achei muito legal a ideia de que a gente precisa ensinar as crianças a esperarem. Acho ousado da autora prometer ensinar como fazer isso. Gosto de autores ousados.

Também achei um livrinho da Beatrix Potter que são um sucesso por aqui e eu acho super fofo. Pra completar a compra típica de uma mãe, não levei roupas lindinhas pra usar nos rolês, mas roupas de academia. Sim, a vida sedentária precisa acabar.




6.8.25

30 é a idade do sucesso

Como esperei por esse momento! Finalmente tenho 30! Lembro da minha mãe com 30 anos, eu tinha 7. Ela ia toda chic pro trabalho, e hoje meu estilo parece muito com o dela. Eu finalmente cheguei numa idade em que pessoas com 20 e poucos me acham antiquada e se espantam ao saber quais filmes dos anos 2000 eu assisti no cinema. Eu cheguei na mesma idade marcante de Jesus, quando ele deixou a casa dos pais e saiu a pregar a mensagem mais inusitada e revolucionária da história. Tem muitas coisas grandes que eu gostaria de fazer, mas não foi essa minha crise existencial, como imaginei que seria. Não me perguntei "o que tenho feito da minha vida", mas "quem eu me tornei?"

Curiosamente, há algumas semanas minha mãe tem me mandado fotos de quando eu era pequena porque ela acha que sou parecida com a Mimi. Eu olho pra baby Brunna das fotos e penso como ela era excelente, não havia nada de errado com ela. Infelizmente, desde muito pequena e até alguns dias atrás (realmente, só alguns dias), eu acreditava que eu era inadequada e vergonhosa. Sempre encantada com as pessoas ao meu redor, eu passei quase 30 anos incorporando características, hábitos e trejeitos de pessoas que eu admirava (um parente, um vizinho, um amigo, um professor, alguém da internet). Me distanciando o máximo que eu podia de mim mesma, que eu sempre acreditei ser a versão incompleta e defeituosa de mim. Sério, praticamente qualquer pessoa ao meu redor era melhor do que eu. Esse pensamento bobo me trouxe inseguranças enormes.

Agora que tenho uma filhinha e acredito que ela é a versão pequena de uma mulher maravilhosa criada por Deus, olho pra baby Brunna e percebo que aquela menininha era a versão pequena de uma mulher maravilhosa que Deus mesmo criou. Olho pra mim hoje, e me sinto confusa. O quão diferente eu sou da Brunna que eu teria sido, se desde a infância eu tivesse sido um pouquinho menos preocupada com o que pnsariam de mim.

Hoje, conversando com o Arthur, percebi que depois de tanto ouvir as pessoas falarem mal da minha família, eu tentei de todo jeito ser diferente deles. Percebi que o único defeito deles é, na verdade, o pecado. Pecados que eu e todas as pessoas que falam mal deles também carregam. Percebi que excluindo seus pecados, eu amo minha família e sua jeito alegre. Como me senti bobinha por ter desejado ser diferente deles. Em 30 anos de memórias, as que eu mais amo foram vividas ao lado deles. 

A versão da Brunna que eu adoraria ver é aquela em que as características boas que haviam no berço da minha familia (como a alegria, a inteligência, a determinação, a criatividade, a honestidade, a estudiosidade, o gosto pela arte, a ousadia) amadureceram. E que os pecados foram (de glória em glória) trabalhados. Espero que nos próximos anos eu deixe de lado a mania de querer esculpir minha personalidade imitando pessoas que admiro; e que eu permita que aquele que me criou, e escolheu minha família, teça o meu eu do jeito bonito que ele mesmo planejou.

1.8.25

Pra sempre ele será

Os céus declaram
A glória do Senhor Jesus
Quem se compara a beleza do Senhor?

Pra sempre Ele será
Cordeiro entronizado
Alegres nos prostramos
E a Ele adoramos

Proclamaremos
A glória do Senhor Jesus
Que imolado foi
Pra nos reconciliar com Deus

Tem músicas que foram feitas pra serem cantadas em conjunto. Essa é uma delas. Nunca tinha ouvido, mas parece que é um corinho antigo da igreja no Brasil, que eu encontrei em uma dos estudos do César Coneglian. Entre todas as coisas que tenho estudado e aprendido nos estudos que ele deu, certamente tudo poderia ser resumido nisso: pra sempre Jesus será o cordeiro entronizado, nós nos prostramos alegres e só a ele adoramos. Quantas verdades poderosas e libertadoras existem nesse pequeno trecho!

20.7.25

"Como nos espantamos com o mal a que assistimos, porque simplesmente nos dissociamos dele. Chocarmo-nos com o mal alheio é não termos noção de que, debaixo de variadas circunstâncias e sem a ajuda de Deus, provavelmente faríamos igual."

- Ana Rute Cavaco

Recap

Quando fiz a última postagem no blog, eu tava tentando me conter porque tinha muitas coisas legais que eu queria postar, mas estava sem tempo. Final das contas, esqueci tudo e fiquei todos esses dias sem nada pra compartilhar. Não li livro nenhum, quase não tirei fotos, não assisti nenhum filme, não ouvi nada novo... Será que chegar perto dos 30 é perceber que não precisamos de tantas novidades assim?

Mesmo assim, assisti alguns vídeos tão legais no Youtube (entre outras porcarias sobre I.A, igrejas moderninhas e tendências do TikTok que revelam como estou envelhecendo e que não merecem uma menção honrosa). Taí um recap que eu deveria ter feito há mais tempo: vídeos da hora que ficaram fora do radar.

Yasmin Miyashio: amei não só a edição sensacional, mas como essa moça torna seu dia-a-dia mega divertido. Acho que pela primeira vez vi um vlog em SP que me deu vontade de conhecer a cidade.

Goodbye 2006: Esse vídeo é de 2006, não tem nada além de fotos e uma musiquinha. Na época poderia não ser nada demais, mas quase 20 anos depois, me fez lembrar como toda memória boa é preciosa.

Japanese School Lunch: Eu sei que os japoneses eram os soldados mais perversos na guerra (a gente teve até um vizinho velhinho que odiava os japoneses por causa das histórias violentas que um colega seu, que lutou na guerra, contou pra ele). Mas como essas mesmas pessoas podem ter escolas tão lindinhas assim?!!!!! Fiquei encantadíssima.

Como fazer corante natural: Eu amava assistir o Dulce Delight no passado e esses dias encontrei esse vídeo antigo que prova que essa moça precisava fazer muito sucesso. Que vídeo lindinho!!! 

Amélie fotografando: Toda vez que eu aponto a câmera pra algo bonitinho eu me sinto a baby Amélie fotografando nuvens fofas com sua câmera.

Páginas em branco

Fiquei empolgada depois que comecei a anotar trechos da bíblia na minha agenda do ano passado que ficou cheia de páginas em branco. Ainda não faço isso com a consistência que gostaria, mas sempre que paro pra escrever, usando várias das minhas canetas coloridas, parece que a Brunna adolescente ressurge toda animada. Na época da escola eu era a menina que colecionava folhas fofas de fichário, canetas coloridas, canetas de glitter e adesivos. Copiar esses versículos tem sido tão satisfatório! Escrever (à mão mesmo) é minha atividade manual favorita!

19.7.25

Strange fruit


Alguém esqueceu essa bolsinha na árvore do parquinho. Os morangos industrializados estão indo longe demais... :p

11.7.25

Vlogs aleatórios

Ontem, já perto da meia-noite, eu e o Arthur lembramos de um canal que a gente amava assistir em meados de 2016: Eventos Aleatórios, do Tito Melo. Conheci ele por indicação da Luíza Junqueira e achei genial o jeito de ele montar um mini-filme super divertido com os acontecimentos mais banais e aleatórios do seu dia.

É como se ele parasse um pouco de pensar no futuro ou no passado, e olhasse pras coisas bonitas e imperceptíveis que acontecem todos os dias. Amo, amo, amo vlogs assim!

10.7.25

Acabei de perceber que o título dos últimos posts estão todos no diminutivo. help

Sapatinhos

Descobri um novo rolê favorito: comprar sapatinhos de bebê.